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Migrações: acolhida, justiça e caridade


Este artigo foi escrito sobre a realidade das migrações da Europa, mas no Brasil não é diferente com os Haitianos e ultimamente com os Venezuelanos.

Nestes dias estamos ouvindo um monte de besteiras aqui na Itália, sobre migrações, refugiados e sobre aquelas pessoas que estão se dedicando em ajuda-los a tal ponto que parece tudo bem confuso e usado politicamente para continuar uma interminável campanha eleitoral. A propaganda dos políticos afirma que estamos sofrendo uma ‘invasão’ das migrações: “As migrações nos roubam a profissão, as casas... estão ameaçando a nossa cultura, até a nossa fé religiosa”.

migra6Ninguém quer negar que o desafio das migrações seja um verdadeiro desafio. De fato, é um desafio; e por isso precisamos enfrenta-lo politicamente com leis que unam legalidade e humanidade; e, também, com uma praxe que respeite a verdade e mais ainda a dignidade das pessoas.

Com certeza estamos enfrentando o desafio das migrações num contexto europeu complicado: mesmo assim, a pobreza e o desespero das pessoas que estão fugindo das próprias casas e dos campos de concentração da Líbia não têm calendário. É, também, verdade que nós não podemos acolher e tratar com dignidade todas as pessoas que nas migrações chegam; entretanto, isso não nos dá o alvará de rotular como criminosas aquelas pessoas que nós, e fazendo o nosso dever, ajudamos no Mar Mediterrâneo e aquelas pessoas que, também, ajudam no Mar Mediterrâneo.

É horrível a propaganda daqueles partidos políticos que, para conquistar votos eleitorais, inventam e incham os números e as consequências das migrações e escondem a verdade aos cidadãos usando com maldade a insegurança e o medo dos tempos que estamos vivendo. E também isso tem a ver com o uso incorreto da religião... com o livro do Evangelho e com o terço na mão... os mesmos que apresentam-nos ao público para agregar os votos e o ibope das pessoas que querem ver o Crucifixo nos lugares públicos, são os mesmos que depois querem mandar embora os ‘pobres cireneus’ como se transmitissem a peste.

migra5Para analisarmos os fatos e para darmos as corretas proporções ao desafio problema dos migrantes, poderíamos ler o jornal ‘Il Sole 24 Ore’ no dia 15 de julho onde foi publicado um interessante artigo de Riccardo Barlan com o título: “No continente Europa somente 2% dos africanos chegam fugindo”. Depois de ter lembrado que também os nossos antepassados europeus, no século 20, deixaram o continente por causa da fome, da falta de água e da persecução política, o autor afirma que não podemos nos contentar somente observando aquilo que estamos vendo ao nosso redor.

Se olharmos mais longe, podemos ver que existe uma África maior com uma população de mais um bilhão de pessoas com 54 Países diferentes: esta África vai muito além das costas ao redor do Mar Mediterrâneo. E nesta África existe um mundo... e neste mundo a quantidade de refugiados é muito maior do que aquela que estamos vendo e acolhendo.

Não é verdade que estamos vendo uma ‘invasão das migrações’ de africanos rumo ao continente Europa. (...) A questão não é falarmos de uma ‘invasão de migrantes’; a questão é promovermos uma verdadeira integração que transforme os migrantes que estão fugindo da própria casa em cidadãos e em energia vivas para o bem da comunidade civil. (...) (Falando de migrações) não é suficiente somente sabermos os fatos que estão acontecendo. Somos, também, e nos sentimos corresponsáveis. Não é suficiente nós falarmos com o coração cheio de paz: “Vamos ajuda-los na pátria deles’ porque as ‘doações’ que a Europa oferece aos Países de África não chegam aos povos e não constroem o desenvolvimento: somente engordam os governantes. E falo isso como missionário que, como os nossos missionários, têm consciência que estou dizendo a verdade por experiências vividas.migra0

A solução para desacelerar (bloquear é impossível) este fenômeno das migrações é: de um lado, estancar as guerras abertas e escondidas, realizadas com as armas que nós produzimos e vendemos (estas guerras continuam por causa da ganância do Ocidente); de outro lado, promover a consciência democrática através da formação escolar dos jovens para que eles contribuam para o desenvolvimento do próprio continente de África; de outro lado, ainda, é acolher, acompanhar e integrar aqueles que chegam à Europa com humanidade e espírito de fraternidade, mensagem que papa Francisco continua repetindo.

As pessoas nas migrações são nossos irmãos e nos ajudam a crescer na solidariedade. No fundo as migrações podem se tornar uma oportunidade para nós e a nossa Europa para recuperarmos aqueles valores da ética e do Evangelho que infelizmente não estamos mais praticando.


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