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Testemunho de Vida e Missão do Pe. Leão


Pe Leão Occhio comemorou 60 anos de sacerdócio no passado mês de janeiro e estava prestes a fazer 91 anos de vida em 02 e dezembro. Viveu a vida inteira dedicada ao povo brasileiro, com um coração generoso, um sorriso tímido e uma alegria que contagiavam e conquistavam a todos. A última etapa da vida viveu na comunidade do seminário xaveriano de Londrina na paróquia de Nossa Senhora de Fatima. A seguir propomos dois testemunhos que o próprio Pe. Leão escreveu alguns anos atrás por ocasião das férias na Itália.

Brasil: verdadeiro desafio missionárioleo3

“As orações e as ofertas nunca são demais”. Terminei as minhas férias, no fim de junho, e voltei para a minha missão no Brasil. Atualmente me encontro numa paróquia na periferia de São Paulo com uma realidade de 150 mil habitantes e com bairros, casas populares e favelas que são um desafio missionário com problemas sociais e pastorais.

A presença dos leigos é decisiva. Na nossa paróquia de periferia temos 16 comunidades que nós missionários coordenamos e acompanhamos nas diferentes atividades pastorais e sociais. Em cada comunidade podemos sentir a presença decisiva da colaboração dos leigos: na administração das construções, na manutenção dos locais da catequese, nas celebrações litúrgicas e nas festas dos padroeiros e em todas as outras atividades eclesiais e sociais.

Cada comunidade tem um conselho comunitário que se reúne uma vez por mês; e neste conselho de pastoral os leigos analisam as atividades da Igreja nos diversos grupos e planejam novas iniciativas. Quase sempre um missionário se faz presente nestas reuniões. Somos três xaverianos: dois italianos e um mexicano. O trabalho missionário fica dividido entre nós a fim de podermos acompanhar melhor as comunidades, as áreas pastorais, os movimentos e as várias atividades.

Tenho muita coisa a fazer! Na paróquia estou acompanhando a Legião de Maria que tem vários grupos em todas as comunidades. Cada grupo organiza encontros semanais com visitas às famílias, aos doentes e faz outras atividades. Uma vez por mês planejamos um encontro paroquial com a participação de todos os grupos.

Estou acompanhando, também, a pastoral familiar: estamos preparando cursos para os noivos e retiros espirituais para esposos e famílias. Uma vez por mês, em todas as comunidades, celebramos a ‘Missa da Família’; todo ano organizamos a ‘semana da Família’ com um tema especifico.

Acompanho, também, a pastoral da criança. Estamos ajudando centenas de crianças até a idade de 6 anos. Os lideres desta pastoral são voluntários, preparados e treinados pelos cursos de formação específicos. Os lideres dão orientações às mães e controlam o peso das crianças, ajudam na integração alimentar principalmente para quem mais precisa. Posso testemunhar que vi muitas crianças viverem por causa da pastoral da criança.

Ajudo, também, a pastoral da sobriedade que se preocupa com a recuperação das pessoas que sofrem pelo alcoolismo e dependência químicas. Quando participo das reuniões da pastoral da sobriedade, parece – me mergulhar na graça de Deus que salva. Depois da reunião eu, também, sinto-me mais puro! Não esqueço dos grupos dos jovens, dos catequistas, da renovação carismática, do Cenáculo, da Madonna Peregrina e outros movimentos presentes em paróquia.

leo2Trabalho, diálogo e orações. A minha maior preocupação é aquela de estar perto do povo e de doar a todos uma formação de base bem sólida: formação bíblica, litúrgica e espiritual.

Procuro ficar ligado, também, com os vários acontecimentos da sociedade onde, às vezes, podemos levar a nossa mensagem. Busco abrir a comunidade ao espírito e estilo missionário. É relevante nos abrirmos à realidade da sociedade, das escolas, dos serviços públicos, da saúde, da segurança, da promoção humana e, sobretudo, do diálogo ecumênico. Estamos dentro de uma realidade desafiadora.

Ao redor de uma pequena Igreja católica existem dezenas de Igrejas protestantes, grande e agressivas contra nós. Somos gotas dentro do oceano. Como é que podemos perder tempo em discussões sabendo que estamos enfrentando problemas que são consequências de um sistema injusto e da inversão dos valores da nossa cultura ‘globalizada’? Se Deus veio para ‘reunir os filhos dispersos’, qual é a força do nosso testemunho como católicos?

Dentro desta situação, a esperança brota da Palavra de Deus: “Não tenham medo, pequeno rebanho, Eu lhes darei o Reino dos céus”. Serviço e preocupação não faltam. Aqui tem lugar para todos; e, também, para outros que quiserem vir. Como diz o povo brasileiro: “Orações e ofertas nunca são demais! ”

Paróquia sem fronteiras

Pensamentos nas férias. Depois de 5 anos das últimas férias, voltei a Galignano, a aldeia onde guardo as minhas raízes e as mais bonitas recordações da minha infância. Galllignano parece que mudou muito: tornou-se mais moderno e dinâmico, diversificado, até nos rostos e na linguagem, com os irmãos e as irmãs que vêm de outras nações.

Um pouco de sangue novo. Lembro-me da frase que escutei na casa de duas pessoas idosas quando cheguei ao Brasil. Falando da empregada disseram-me: “Quem mandou esta mulher foi Jesus”! Queriam dizer que para as duas pessoas idosas era ‘um dom da Providência’! Participei a uma janta com um grupo de cidadãos estrangeiros: eles estudam o idioma italiano e trabalham no campo, nas indústrias e nos vários serviços. Em tudo isso, percebo uma grande riqueza de culturas, de história, de experiências, de laços afetivos, de irmãos com um coração repleto de desejo de partilha e de amizades! Pessoas estrangeiras com uma mentalidade aberta a um horizonte de esperança, a um futuro que gostariam de construir e entregar para os próprios filhos! A presença deles é um sangue novo, a meu ver, para a Itália.

Os caminhos da esperança. No dia de Pentecostes fui a Roma. Em Roma participei do encontrão do Papa com os movimentos eclesiais. Estava pensando: temos novos desafios; precisamos de novos caminhos! O Espírito Santo cria sempre coisas novas na história. Quem não tiver o dom da fé, não acredita na presença de Cristo. Observa os fatos e vê somente o avesso como aqueles maravilhosos tapetes do Oriente: no avesso a gente só vê fios amassados!

Que Deus nos dê a graça de vermos os caminhos da esperança e nos torne missionários a fim de que o Evangelho se seja de verdade a boa notícia para todos. Pelas sociais mídias, hoje podemos saber tudo aquilo que acontece no nosso mundo. E dentro deste mundo, nós como missionários podemos sentir dentro do nosso coração as emoções de fatos distantes; como missionários, nós deveríamos ser construtores de esperança, também, pensando nas nossas comunidades cristãs na Itália.

Missionários da cruz. Nestes dias de férias tenho encontrado alguns dos meus companheiros, missionários já de idade avançada que estão em Parma por causa de cuidados médicos. Um deles, depois de ter me falado da própria experiência na Amazonas, contava-me emocionado de ter tido medo de morrer: “Parece que não estou confiando na misericórdia de Deus! Estou doente: não posso fazer nada; rezo o dia todo. Desejo que o Senhor Deus me escute e fecunde a missão dos meus companheiros e da Igreja”!leo1

Encontrei outro xaveriano que viveu por 50 anos na Serra Leoa. Ele lembra as pessoas sofrendo mutilações, violências, destruição de todas as obras missionárias. E ao mesmo tempo juntamente com estas recordações ele manifestava a partir do coração a vontade de poder reconstruir a vida das comunidades eclesiais, na reconciliação e na paz. De repente começou a chorar como uma criança gritando: “Meu Deus, por quê? ”. Os xaverianos que encontrei são os verdadeiros missionários da cruz. Nós todos podemos ser missionários da cruz. Conversando com os jovens formandos seminaristas xaverianos na comunidade da teologia de Parma disse: “A missão está mudando. Vocês são  a nossa esperança: vocês são o futuro das nossas missões. Vocês vão abrir um caminho novo”.

Um convite e um desejo. Gostaria de concluir esta minha reflexão com um convite. Somos cristãos e, por isso, somos todos missionários; somos convidados a sairmos de nós mesmos para irmos ao encontro dos outros, principalmente os pobres, no sentido material e espiritual. E podemos ser missionários a partir da nossa casa, do nosso ambiente.

Encontramos muitas pessoas que vivem uma existência confusa, não satisfatória, sem sonhos e sem esperança, sem alegria e sem amor. É muito valioso, para todos nós que temos fé, o fato de ‘vivermos a alegria de sermos cristãos comunicando esta alegria aos irmãos”. É Cristo que quer que sejamos todos missionários; e missionários felizes que fazem da própria vida um oferecimento”.

A Virgem Maria uniu-se até o fim ao mistério da salvação. Hoje, também, existem muitas testemunhas. Não podemos ficar de braços cruzados. Para nós, também, existe uma ‘sarça ardente’ que está nos esperando! Jesus nos convida a sermos discípulos e missionários a fim de que todos os povos tenham vida em abundância.

Gostaria a agradecer a todos que tiveram a paciência de ler esta minha reflexão até o fim. Quero terminar este meu testemunho com uma mensagem que, também, reflete os meus votos para vocês: “Frutifiquem onde o Senhor Deus os colocou”.

Fonte: Jornal diocesano de Cremona de 14 de setembro. Tradução Pe. Gabriel Guarnieri.


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