O anúncio do Evangelho dos jovens nas periferias
Na opinião da mídia, dos jornais, da TV e internet a palavra ‘juntos’ não está bem valorizada. Prefere-se valorizar as diferenças que existem entre as gerações de adultos e aquelas dos jovens com a cultura deles e as tendências diversas às vezes definidas esquisitas.
Na visão da Igreja católica o mundo dos jovens tem sido analisado através de pesquisas que, em nível internacional, sublinham que está acontecendo uma ‘virada’: alguns a definem, sobretudo nos países mais ricos, como um ‘rachadura’ ou uma ‘rebeldia’.
Criou-se, de certa forma, uma incompreensão ou um descompasso, de não fácil solução, entre a Igreja percebida como ‘hierarquia’ e o mundo das juventudes. A partir disso, Papa Francisco propõe uma visão e uma pratica pastoral que convidam a nos olharmos nos olhos: “juntos com os jovens levamos a todos o Evangelho”, lema do dia Mundial das Missões. O papa Francisco está convidando todos os jovens para uma ‘longa maratona’. (...) Levando em consideração as noticias, podemos descobrir iniciativas de vigílias de oração organizadas pelos jovens e para os jovens, em muitas dioceses.
Francisco, falando sobre o próximo Sínodo dos Bispos em Roma, em outubro 2018, Sínodo dedicado aos jovens disse: “Atraídos e enviados são dois movimentos do nosso coração, sobretudo na vida dos nossos jovens”. E acrescentou: “O fato de vivermos neste mundo não por nossa decisão nos faz sentir que existe uma iniciativa divina que nos precede e nos faz existir”. (...) E esta verdade abraça todos os confins do mundo incluindo os jovens menos conhecidos presentes em países distantes do mundo Ocidental.
Nos vários encontros e congressos dos jovens não encontramos nenhuma afirmação que fale sobre diferenças de lugares, de espaços ou de mentalidade: não existe nenhuma barreira de preconceito e nenhuma diferença. Entre os jovens não observamos preconceitos. Eles preferem refletir, cantar, mexer-se e rezar juntos. Nos comportamentos deles não observamos nenhuma discriminação por causa da raça, da origem ou do grau de escolaridade. Somente e sempre são jovens juntos, sem barreiras.
JOVENS JUNTOS NAS PERIFERIAS
Existe, entretanto, o outro lado da moeda. Poderíamos falar sobre as ‘periferias’ do nosso mundo que têm problemas e desafios: seria difícil catalogar tudo isso. Faz tempo que estamos muito preocupados com a presença de milhares de ‘menores sem família’ que desembarcam nas praias da Europa. Todos eles têm um sonho que de certa forma revela carências gravíssimas.
Do outro lado do mundo, milhares de menores sem família que adentram no deserto do Texas e, para evitarem de cruzarem com os guardas da fronteira, morrem por falta de água correndo atrás de sonhos impossíveis. (...) E não é somente o deserto do Texas: existe também o deserto das grandes metrópoles. Por causa disso, alguns Papas, e também Papa Francisco, refletiram sobre as migrações como ‘sinais dos tempos’.
Trata-se de um processo histórico que requer humildade e capacidade de escuta daquilo que os vários rostos com as próprias histórias e perguntas gritam às comunidades cristãs; questões que provocam todo batizado a viver a solidariedade, a justiça e a paz. São desafios que podemos enfrentar somente e sempre juntos. (...) O papa Francisco afirmou com sabedoria: “Ninguém é tão pobre que não pode dar aquilo que tem e aquilo que é”. (...)
Francisco revela o próprio desejo intimo; ou seja, transmitir a fé até os últimos confins da terra. Trata – se no fundo da geografia do Espírito Santo e da missão da Igreja, não obstante as dificuldades e as infidelidades de cada batizado. Somo batizados e enviados: a Igreja de Cristo é missionária no mundo de hoje. Trata-se de uma verdade de ontem, de hoje e de sempre; verdade que impulsiona todo batizado a assumir a tarefa de doar e anunciar o Evangelho até os confins do mundo.
Fonte: OMNIS TERRA