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Teologia

Cristo Ressuscitou, aleluia!


A ressurreição de Jesus é a afirmação que a morte não é o lugar do aborto do projeto de Deus (Jo 20,1-9), não deve-se de ver a morte como lugar de fracasso, mas como lugar necessário para chegar para a ressurreição e para a vida eterna; o túmulo não é o lugar da morte, e sim o caminho para o encontro com o Deus da Vida.

Para o cristão que acredita na ressurreição a morte não interrompe a vida, porém a transforma. A ressurreição torna-se afirmação da vida e rejeição de todo estado de morte. A ressurreição é supremacia da vida sobre a morte, é afirmação à vida corpórea dos pobres sobre todo tipo de morte e de opressão, manifestando ao Deus da Vida. Negar a vida ao corpo é matar a pessoa, é matar o direito de ressurreição dos crucificados da história.

Não há salvação apenas pelo fato de ser crucificado; não é no sofrimento que está a salvação, isto seria absurdo!

É necessário ressuscitar. Só um povo que vive e que ressuscitou da morte que se lhe impôs, pode salvar o mundo. Como Jesus crucificado ressuscitou, o povo sofredor é chamado a ressuscitar. A ressurreição de Jesus é a esperança da ressurreição, da vida e do futuro para os crucificados da história que buscam vida em abundância (Cf. Jo. 10,10).

Nós cristãos acreditamos no Deus da Vida e vemos a morte como a passagem para a Vida Eterna, ela não é uma tragédia, porém a plenitude da vida. O próprio Jesus afirma: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que esteja morto viverá" (Jo 11, 25), palavras que nos dão a real certeza, de que a morte não é fim de tudo, que morrer não é um drama, nem um tabu, mas é viver junto com Deus.

No judaísmo morrer era dar o último suspiro, é entrar na morada dos mortos.

Não existia o conceito da ressurreição, as pessoas tinham que usufruir bem da vida e dos bens desta terra, tudo dependia da teologia da retribuição (Dt 5, 33: Lv 18, 5; Ne 9, 29; Sl 112, 1-6). A morte era vista como fruto do pecado (Gn 3, 22). A primeira vez que aparece o tema da ressurreição é pelo ano 164 a.C. (Dn 12, 2-3; 2Mc 7, 9.11.23; 14, 46) e a vida dos justos vista nas mãos de Deus, que esperam a imortalidade (Sb 3, 1-9). Aos poucos a morte como fim de tudo se torna inaceitável.

A morte e a ressurreição de Lázaro (Jo 11, 32-45), aponta para a morte e a ressurreição de Jesus, porém este novamente vai morrer, enquanto Jesus ressuscita para vida definitiva. Na cultura judaica se acreditava que, até o terceiro dia após a morte, ainda havia esperanças de que o morto voltasse a vida. O episódio não deixa dúvidas, Lázaro está morto há quatro dias (Jo 11, 17.39). O quarto dia selava definitivamente a morte de uma pessoa, iniciava-se a decomposição, e o espírito se afastava para sempre do corpo. Dizer, portanto, que Lázaro está morto há quatro dias significa que a morte tomou definitivamente conta dele, sem retorno, é irreversível. A ressurreição de Lazaro é sinal da primazia do Deus da Vida sobre a morte (Jo 11,25).

Na parábola do rico e do mendigo Lázaro manifesta, que o Deus da Vida opta pelos pobres (Lc 16, 19-31). A morte nivela a todos, porém a sorte é bem diferente, Lázaro é levado pelos anjos junto de Abraão, isto é, torna-se íntimo daquele que foi solidário com o mais fraco (Cf. Gn 13,5-12).A situação após a morte se inverteu, o rico está em tormentos e Lázaro junto de Abraão. O texto manifesta que a filiação não é suficiente para obter a salvação, mas a prática que espelhe a misericórdia de Abraão

O texto dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), apresenta um contexto de perplexidade e desânimo diante da morte, porém o Ressuscitado se faz presente como força que dá ânimo e apresenta o rosto do Deus da Vida. Jesus é aquele que caminha com a humanidade, com a energia de sua vitória sobre a morte. A perplexidade e desânimo dos discípulos se manifestam no teor da conversa (Lc 24, 14).

Revelam o estado de ânimo das pessoas desorientadas e desanimadas, sem força para o testemunho, mas o Ressuscitado caminha junto. A desorientação dos discípulos não experimenta a vitória do Ressuscitado, eles continuam acreditando na morte como fim de tudo. Eles percebem os fatos, mas não os discernem, vivem a frustração diante da morte. Jesus está caminhando com eles, porém eles não o reconhecem; no diálogo percebe-se que eles conhecem os fatos referentes à vida de Jesus antes e durante a paixão. De fato, acreditavam que depois do terceiro dia o espírito se afastaria definitivamente do corpo, sem possibilidade de retorno. A morte teria tomado conta de todo o projeto de Jesus e da comunidade.

Então Jesus suscita a fé na ressurreição a partir da Bíblia (Lc 24,27). Logo ao chegarem a casa vem o pedido dos discípulos "Permanece conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" (Lc 24, 29), este é o próprio apelo da comunidade cristã e da Vida Religiosa Consagrada. Jesus aceita o convite de hóspede passa a ser dono da casa, o anfitrião, pois é ele quem partilha o pão, logo desaparece porque os discípulos finalmente acreditam no Ressuscitado e no Deus da Vida.

O Apóstolo Paulo elabora uma extensa teologia sobre a ressurreição, o que faz pensar que nas primeiras comunidades existiam diversas posições sobre o tema (1Cor 15,1-57). Alguns não acreditavam na possibilidade de uma vida além da morte; outros excluíam a ressurreição, mas admitiam a imortalidade da alma. A filosofia grega afirmava que só o espírito é que tem valor, o corpo era a prisão da alma. Para Paulo, o fato de Jesus ter ressuscitado resgata a dignidade do corpo e das pessoas.

Cristo venceu a morte para sempre, abrindo as portas para a vitória da vida sobre a morte. Portanto, os mortos ressuscitarão também como Cristo ressuscitou. Contrapõe Adão a Cristo, o pecado do primeiro acarretou a morte para todos; a morte e a ressurreição do segundo confere vida a todos (1Cor 15, 22). A luta contra a morte é tarefa conjunta de Cristo e dos cristãos. Só quando estes participarem da vida plena em Deus é que Cristo dará por encerrada sua missão. Ainda, o Apóstolo Paulo afirma que, por causa da morte, da ressurreição de Jesus e da efusão do Espírito Santo, todos podemos ter acesso ao projeto de Deus, que é liberdade e vida (Rm 8,18-23).

Deste modo, para os cristãos a morte não é um fatalismo.

Abre-se uma perspectiva nova, a da vida no Espírito de Jesus, que levará à plenitude. Além disso, o sofrimento presente não é estéril quando entendido como parto do mundo novo. A filiação divina e a vida no Espírito não dispensam o cristão de viver em contínua tensão pela vida, pela transformação e libertação definitivas; ser filho de Deus e possuir os primeiros frutos do Espírito é gerar e dar à luz constantemente o mundo transcendente.

Rafael Lopez Villasenor.


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