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Vocação

Vocação: deixar tudo para ganhar tudo


A resposta ao chamado de Deus representa o terceiro momento que caracteriza os elementos fundamentais de uma caminhada vocacional: descobrir, discernir e responder. Seguindo essa dinâmica, a descoberta vocacional exige um discernimento sério e profundo em vista de uma resposta consciente e madura. Essa resposta pode ser orientada para a vida religiosa ou sacerdotal, para o matrimônio ou ainda para outras formas de consagração que a Igreja propõe aos leigos.

Quando a vocação é orientada para a vida religiosa ou sacerdotal, não é difícil de perceber o surgimento de outras questões que mais uma vez levam o jovem a um outro processo de discernimento: entrar em uma diocese ou seguir o carisma de uma congregação religiosa? Normalmente, essas questões giram em torno do futuro onde o jovem analisa sua vida a partir do paradoxo “ganhar ou perder”.

Na verdade, essas questões deveriam ser respondidas no processo de discernimento vocacional, porém, percebemos que elas provocam questionamentos mesmo entre religiosos e sacerdotes. Acredito que a origem de todas essas questões está ligada com as motivações que acompanham a descoberta vocacional ou com aquilo que buscamos na vida religiosa ou sacerdotal.

Quando essas questões surgem no processo de discernimento, o amimador vocacional deve conduzir o jovem a redescobrir as motivações profundas que suscitaram em seu coração o desejo de seguir o Cristo e anunciar o seu Evangelho. Nesse sentido, a experiência pessoal com Cristo torna-se o ponto de partida ou o paradigma para identificarmos o verdadeiro caminho que queremos seguir.

Compreendendo a vocação como seguimento de Jesus, não podemos esquecer que o Mestre tem o seu projeto de vida e uma metodologia bem definida para realizar a sua missão. Infelizmente, existe um grande perigo de querer seguir o Cristo modificando seu projeto de vida, sua metodologia e sua missão. Quando isso acontece, a vocação pode ser analisada na lógica do “perder”, uma vez que o jovem deixa tantas coisas para seguir o Cristo: família, o sonho de fazer uma faculdade específica, projetos, o desejo de constituir uma família etc. Como consequência, podemos encontrar pessoas frustradas que não compreenderam que “deixar tudo é ganhar tudo”.

A dinâmica “deixar tudo para ganhar tudo” possui uma dimensão evangélica cujos fundamentos estão enraizados na pessoa de Jesus e na sua missão. E para que essa dinâmica se converta em realidade, o discernimento vocacional deve se tornar um lugar de encontro e de descoberta: o jovem descobre o projeto de vida de Jesus, sua missão e confronta essas duas realidades com a sua própria vida e com o caminho vocacional que está sendo feito.

Quando falamos em projeto de vida e missão de Jesus queremos insistir sobre os gestos, atitudes e estratégias que Jesus utilizou para anunciar o Reino de Deus. Mesmo em um outro contexto, esses mesmos gestos, atitudes e estratégias devem iluminar nosso projeto de vida e nossa missão. É impossível anunciar o Reino de Deus partindo de projetos e metodologias que não sejam os mesmos utilizados por Jesus.

Vários textos bíblicos nos apresentam claramente o projeto de vida e a missão de Jesus. Por essa razão, o discernimento vocacional deve também suscitar no jovem o gosto pela meditação da Palavra de Deus. Podemos encontrar o projeto de vida de Jesus no Evangelho de Lucas, na passagem onde Jesus, no templo, lia o livro do profeta Isaías:“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4, 18-20).

Já sua metodologia, temos um exemplo claro no início da sua missão no Evangelho de Mateus: “Jesus Andava por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas dos judeus e pregando por toda a parte as boas novas do reino dos céus. Ao mesmo tempo, curava todos os que tinham males e enfermidades. A fama dos seus milagres espalhou-se para lá dos limites da Galileia, de tal modo que em breve começaram a aparecer muitos enfermos em busca de cura, vindo mesmo de regiões tão distantes como a Síria. Qualquer que fosse a doença ou padecimento, e mesmo os possessos dos demónios, os loucos, e os paralíticos, a todos curava. Multidões enormes seguiam-no para onde quer que fosse, gente da Galileia, das Dez Cidades, de Jerusalém, e de toda a Judeia, e até do outro lado do Jordão” (Mt 4, 23-25).

Não podemos nos esquecer que um projeto de vida e uma metodologia precisam de uma base sólida, algo que dê sustentabilidade nos momentos críticos da caminhada. Com toda certeza, a base sólida de Jesus era a sua relação com o Pai “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30), e sua intensa vida de oração “ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar” (Lc 5,16), “Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus” (Lc 6,12).

Podemos concluir tendo a certeza que o processo de discernimento vocacional deve ajudar o jovem a compreender não somente as exigências que engajam a vocação, mas, sobretudo, a radicalidade do seguimento de Jesus através do seu projeto de vida, da sua metodologia e da sua missão.

“Deixar tudo para ganhar tudo” reflete a beleza profunda da vocação e nos mergulha, profundamente, na lógica do Reino de Deus: aquele que quiser ser o primeiro que seja o último de todos, existe mais alegria em dar do que em receber, vai vende teus bens e segue-me, não vim para ser servido mas para servir, ame seus inimigos... onde está o teu tesouro ai estará teu coração.


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