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XAVERIANO NO SÍNODO PAN AMAZÔNICO


Amazônia: Novos Caminhos para Igreja e para uma Ecologia Integral

O relatório do Secretário Geral, do Sínodo, Lorenzo Card. Baldisseri, explica o seguinte: Sob a guia do Espírito queremos impulsionar a procura de novos caminhos para responder a um objetivo duplo. De uma parte, o Sínodo constitui um verdadeiro e próprio desafio para a Igreja, quanto que, a Amazônia é uma terra de missão com características próprias que exigem propostas adequadas para dar uma resposta à ‘necessidade de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho’ (EG 69). De outra, a Sessão sinodal deverá afrontar a provocação apresentada pela questão ambiental.

 O sínodo para a Amazônia tem uma característica particular, é uma Assembleia Especial. Não é uma Assembleia Geral Ordinária, nem uma Assembleia Geral Extraordinária. Esta Assembleia Especial tem uma tipologia, que segundo a Constituição Apostólica Episcopalis Communio, é convocada em Assembleia Especial, para “tratar matérias que tem a ver principalmente com uma ou mais áreas geográficas determinadas” (Art. 1, 3º). E um dos seus critérios é que participam de início a fim todos os Ordinários, neste caso, das circunscrições amazônicas, e seus auxiliares. Este critério pretende deixar em evidência a colegialidade efetiva e afetiva da Igreja. Porém, cada Assembleia, mesmo que tenha a ver com uma área geográfica específica, é sempre um Sínodo que interessa à Igreja Universal. Por esse motivo a participação foi ampliada para Prelados de outras Igrejas particulares e organismos eclesiais regionais como continentais.

Fazem parte deste Sínodo 185 Padres sinodais: 137 ex officio dos quais 113 das circunscrições eclesiásticas Panamazônicas; 13 Chefes dos Dicastérios da Cúria Romana; além disso, estão presentes 15 religiosos eleitos da União dos Superiores Gerais, e 33 Membros ex nominatione pontifícia. Estes últimos provêm de todos os continentes, em particular de países e áreas geográficas que têm as mesmas problemáticas que constituem o objeto do tema sinodal. Participam também 6 Delegados Fraternos de outras igrejas e comunidades eclesiais; e 12 Invitados especiais escolhidos pela sua competência científica e por pertencer a organismos e associações que em modos diversos  no mundo, dentro o fora da Igreja, se interessam pela assistência humanitária ou cuidado ecológico do ambiente.

Durante o Sínodo tem momentos específicos para  as intervenções dos padres sinodais nas plenárias. Como padre Sinodal, da parte dos 15 religiosos da União de Superiores Gerais, compartilho aqui a minha contribuição colocada na plenária para o debate.

CONTRIBUIÇÃO PARA O SÍNODO PARA AMAZÔNIA

Prezado Papa Francisco e irmãos e irmãs presentes.

Eu quero aqui falar sobre o N. 38 do Instrumentum Laboris onde se considera aos povos da Amazônia como os principais interlocutores e protagonistas do diálogo. Na introdução do IL se diz que a Amazônia irrompe como sujeito e que agora constitui um interlocutor privilegiado.

Na Constituição Brasileira de 1988 foram consagrados os direitos dos povos originários do Brasil, dentre eles destaco o direito a autodeterminação.

Essa autodeterminação vem sendo frequentemente violentada pelas estratégias criadas por aqueles que só concebem a Amazônia como simples mercadoria. Com a oferta de dinheiro, e algumas vantagens, vêm só dividindo os povos e os próprios parentes; como foi o caso da implantação da Usina Hidrelétrica Belo Monte que dividiu os povos da Região e os fragmentou. Isso acabou gerando o que a Procuradora Federal da República, Thais Santi Cardoso da Silva, e os outros Procuradores chamaram de etnocídio, denunciado numa Ação Civil Judicial; ai se explica que “o genocídio mata o físico, mas, o etnocídio mata o espírito”. Substituem-se modos de vida sem sentido; e os povos de recente contato, acabam se inserindo em dinâmicas sociais que não conseguem entender.

Os jovens indígenas estão procurando também novos caminhos: Como antigamente seus antepassados souberam introduzir as técnicas dos brancos para utiliza-las na defesa dos seus territórios e na melhora de sua qualidade de vida; os jovens estão entendendo que precisam agora se empoderar dos conhecimentos da educação escolar ocidental, não para deixar a própria, mas como instrumento efetivo de resistência.

As culturas indígenas têm aprendido muito neste tempo de contato e continuam a aprender. Estão a caminho de abandonar a tutela, dentro do mundo ocidental (Lembrando que dentro das suas cosmologias somos nós que devemos ser tutelados). Como exemplo disso, tem a atual Deputada Federal Dra. Joênia Wapixana, primeira mulher indígena, que no Congresso faz ampla defesa dos direitos dos povos originários.

O que acontece em nível das instituições públicas deve acontecer também em nível eclesial. Devemos ajudar às comunidades indígenas a aprofundar o conhecimento de sua fé, do Evangelho de Jesus Cristo já presente como sementes do Verbo, para eles levar enfrente também seu processo de inculturação que acontece num processo de apropriação, inovação e controle. Como acontece na religiosidade popular e como aconteceu em 1531, quando o índio Juan Diego, foi reconhecido pela Senhora do Céu como seu interlocutor, digno de levar a verdade para o Bispo Frei Juan de Zumarraga para sua conversão.

O Nican Mopohua, onde se narram a aparições de Guadalupe, é uma obra de inculturação que foi gerado do projeto Franciscano de diálogo interreligioso na Escola de Tlatelolco onde os primeiros indígenas se apropriaram e inovaram a mensagem do Evangelho.

Meu desejo é que depois deste Sínodo Especial, o pós-sínodo, nos leve a dialogar com os povos indígenas como dignos interlocutores, com capacidade de autodeterminação e de diálogo, no que se refere às propostas que daqui surgirão.

Obrigado.

Pe. Pedro Saul Ruiz Alvarez, s.x.

08-10-19 Roma, Itália.

 

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