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De um modo geral, as pessoas podem entender (ou achar) que todos aqueles que participam de uma maneira ou outra da Igreja ou de alguma comunidade podem ser denominadas assim, isto é, são “leigos”.

Por um lado, isso é correto. É o que distingue os fiéis em suas vocações e missões específicas. No entanto, tal afirmação não mostra o todo e, provavelmente, não seria a informação mais precisa. Além disso, esta simples definição ou distinção parece dividir a Igreja em classes e nesta divisão os leigos se tornam aqueles que possuem uma importância menor, pois são vistos sempre de modo passivo, receptivos ou como parte de uma grande massa que se deixa envolver por certa religiosidade ou comportamento, mas que nem sempre tem discernimento do que se vive e professa.

A distinção que tento fazer aqui é entre membros atuantes (que buscam um sentido na sua própria vocação) e aqueles e aquelas que são apenas frequentadores de igrejas, mesmo tendo certa devoção ou religiosidade. O que insisto em dizer é que “ser leigo” faz parte de um itinerário vocacional que deve ser assumido, que deve gerar compromisso e entendimento, num caminho de construção de autonomia e de busca de maturidade na fé.

Ser leigo na Igreja hoje é tomar parte no batismo que se recebeu, fazendo opção por Cristo e pelo Reino anunciado por ele. É dar vida a uma causa, deixando-se tocar por Deus e refletindo esta experiência em ações concretas na história, no dia a dia, na dinâmica da vida e de frente a todos os dramas e tramas humanos que a sociedade nos apresenta. Ser leigo na Igreja hoje é buscar seguir Jesus de um modo próprio, livre, sem amarras, orientado por um Reino que nos chama e nos convida ao serviço, especificamente, no mundo.

Olhando desta maneira, os leigos serão mais do que se tenta apresentar, mas serão vistos como parte constitutiva da missão da Igreja no mundo, onde através de sua vida e testemunho buscam transformar as estruturas e santificar a vida em sua volta. Esta é a proposta que se avançou no Concílio Vaticano II e que deve ser resgatada, recuperada e assumida.

O leigo é parte constitutiva da missão eclesial e esta missão não pode ser pensada sem ele. O leigo não é o destino da missão, como aquele que será trazido para dentro, evangelizado ou conquistado, mas ele é sujeito de sua própria fé (doc. 105 da CNBB) e deve caminhar de um jeito próprio. É o que diz o Documento de Aparecida (2007), ao afirmar que os leigos possuem um jeito próprio de ser e fazer Igreja, e isso dever ser construído com autenticidade e coerência.

Evidentemente que, este jeito próprio se dá num trabalho de comunhão, numa dinâmica de crescimento mútuo, pela qual ninguém é mais importante que o outro ou ocupa o centro, apenas Cristo é o centro e, ao seu redor, cada vocação desenvolve e alimenta o seu carisma. Todavia, na atual conjuntura eclesiástica, quando vemos crescer o clericalismo e um conservadorismo, faz-se necessário dizer que os leigos devem avançar em mais espaços ou devem se tornar resistência nos poucos espaços que possuem. Faz-se necessário, em alguns ambientes, dizer que existem e que possuem uma voz própria, chamando a atenção para aquilo que é específico de sua vocação/missão.

Os leigos são chamados a um serviço no mundo e este mundo hoje é exigente para os cristãos. Por isso que é fundamental reforçar a dimensão pública da fé, o trabalho construído no dia a dia, no esforço em decidir fazer algo que vise a construção de uma nova sociedade. Este é campo específico dos leigos. Uma nova sociedade também se faz com uma nova concepção política, com um novo direcionamento na educação, com uma nova percepção dos dramas familiares, com um olhar atento aos jovens e a todos aqueles e aquelas que são vítimas da sociedade, que são excluídos e que se tornam “sobrantes” neste sistema econômico que explora e mata.

Estas exigências reclamam uma presença mais atuante de leigos e leigas, e é onde se deve pautar a sua vocação. Isto é ser leigo hoje.

Cesar Kuzma. Fonte: Portal das CEBs  


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