Jesus deixou sua terra e foi para o território de Tiro e Sidônia, lugar de gente considerada pagã, portanto, de gente não considerada gente segundo a mentalidade judaica da época (sobretudo - ai de nós - entre as pessoas de Igreja). Mas Ele, Jesus, sabe como ensinar, como destruir preconceitos e muros para deixar aflorar o verdadeiro sentido do religioso em sua forma sempre iluminadora através do místico e do espiritual que enaltecem o humano. Esta atitude de Jesus, na página evangélica de hoje, nos revela um Deus cujo coração bate por todos os povos. Jesus se hospeda em uma casa (o Mestre ama se sentir assim conosco: de casa, intimo e familiar) e lá uma mulher vai até ao encontro Dele; uma mãe que carrega a dor de sua filha junto de si. Com humildade e confiança, esta mãe faz apelo ao coração do Senhor, o qual se deixa, podemos dizer, ´converter-se´ diante de tanto amor e acolhe também a ocasião para, através de suas palavras e gestos, diminuir a distância social entre os povos. É o amor de Jesus que exorciza o "demônio" da indiferença social; é o amor de uma mãe que exorciza o mal na vida de sua filha. Sem atitudes ridículas e patéticas (como podemos assistir em algumas expressões pseudo religiosas nos dias de hoje), O Senhor Jesus e uma mãe revelam a nós que o espírito do mal é vencido com um coração dilatado pela força do bem. Para os nossos dias: menos muros, mais encontros de coração.