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TercoMiss

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Em escuta do espírito

Deus de bondade, na manhã deste Domingo - memorial do Ressurreição de teu Filho e Senhor Nosso - nós invocamos a presença do teu Espírito. Abandonados à sua divina ação, dai-nos acolher as inspirações do santo Evangelho para sermos no mundo homens e mulheres das bem-aventuranças.

Em escuta da palavra

(Lc 6,17.20-26)

Naquele tempo, Jesus desceu da montanha com os discípulos e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. E, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque havereis de rir! Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem! Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! Ai de vós, que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós, que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas”.

Comentário

O evangelho deste Domingo nos mostra dois tipos de caminho: bem-aventurança e desventuras. O primeiro nos faz ir ao encontro de Jesus para servir nossos irmãos e irmãs em humanidade, fazendo-nos pobres, acolhendo a situação do próximo e nutrindo em nós fome de justiça. Mas esse caminho tem um preço: a perseguição, a ruptura com privilégios, o julgamento das pessoas (muitas vezes desnecessários e destrutíveis). A desventura emprisiona nas zonas de conforto, amarra nas ilusões luxuosas e esteriliza o coração diante das injustiças e tristezas do outro. Esse caminho é mais fácil, pois nele não se encontra incompreensões. Hoje, a boa notícia de Jesus é que o Pai parece ter uma queda pelos caídos, não por corroborar nossas fraquezas, mas por desencadear desejo de vida nos corações cansados. A verdadeira felicidade está onde o verdadeiro se faz presente; onde a inautenticidade cede lugar à nudez do essencial; onde Deus é experimentado como força de libertação. E nós, somos missionários que nos entregamos pelos outros ou preferimos nossa zona de conforto?

Vídeo e áudio