Marta e Maria são, nos Evangelhos, a imagem e símbolo de como deve ser o discípulo que alterna meditação e oração com laboriosidade e trabalho. Uma interpretação incorreta dos Evangelhos, no passado, contrastou as duas irmãs que, em vez disso, são os dois trilhos em que o trem da fé corre. Não há meditação que não resulte em ação. Um serviço que não recebe força da oração é estéril. Hoje a Igreja celebra a disposição de Marta, atenta às necessidades do hóspede, concreta na preparação de um jantar certamente bem-vindo. A censura benevolente de Jesus não é certamente dirigida à sua ação, com certeza que o Mestre apreciou muito o jantar, mas para a preocupação exagerada, para a agitação que caracterizou a boa iniciativa de Marta. Somos chamados a agir, é claro, e a tornar nossa fé concreta, mas com um olho constante no Senhor: ele é a origem do nosso serviço, ele é a motivação, ele é a recompensa.