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V Jornada Mundial Dos Pobres


HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

XXXIII Domingo do Tempo Comum

V Jornada Mundial dos Pobres

As imagens utilizadas por Jesus na primeira parte do Evangelho de hoje deixa-nos apreensivos: O sol escurece, a lua deixa de dar claridade, as estrelas caem e as forças celestes são abaladas. Mas pouco depois o Senhor abre à esperança: será num momento assim de total obscuridade, que há de vir o Filho do Homem. E agora já se podem contemplar os sinais da sua vinda; como quando deduzimos que o verão está próximo por ver que a figueira começa cobrir-se de folhas. Deste modo, o Evangelho ajuda-nos a ler a história, captando dois aspectos dela: a dor de hoje e a esperança de amanhã. Por um lado levando em si todas as dolorosas contradições que a realidade humana vive imersa em cada tempo, por outro, há o futuro de salvação que o espera; isto é, o encontro com o Senhor que vem para nos libertar de todo mal. Vejamos estes dois aspectos com o olhar de Jesus:

O primeiro aspecto: a dor de hoje. Vivemos numa história marcada por tribulações, violências, sofrimentos e injustiças, à espera de uma libertação que parece nunca mais chegar. E os feridos, oprimidos e às vezes esmagados por tudo isso são sobretudo os pobres, os elos mais frágeis da cadeia.

O dia mundial dos pobres que estamos celebrando pede-nos que não viremos a cara para o outro lado, não termos medo de olhar de perto o sofrimento dos mais frágeis, para os quais aparece muito atual o Evangelho de hoje. O sol da sua vida é frequentemente obscurecido pela dor da solidão, a lua das suas expectativas apaga-se e as estrelas dos seus sonhos caíram na resignação e acaba abalada a sua própria existência. Tudo isso por causa da pobreza a que muitas vezes se vêm constrangidos; vítimas da injustiça e da desigualdade de uma sociedade do descarte que corre apressada sem os ver e sem escrúpulos os abandona ao seu destino.

Em contrapartida existe um segundo aspecto: a esperança do amanhã. Jesus quer abrir-nos à esperança, arrancar-nos da angústia, e do medo à vista da dor do mundo. Para isso assegura-nos que: ao mesmo tempo que o sol se obscurece e tudo parece cair, é precisamente quando Ele se faz próximo a nós; dos gemidos da nossa dolorosa história, um futuro de salvação começa a germinar por entre os dramas da história. A esperança de amanhã floresce na dor de hoje. Sim. A salvação de Deus, não é só uma promessa reservada para o além, mas cresce já aqui, agora, dentro da nossa história ferida; abre caminho por entre as opressões e injustiças no mundo. Precisamente no meio do lamento dos pobres, o Reino de Deus desabrocha como as folhas ternas de uma árvore e conduz há história para a meta, para o encontro final com o Senhor, o Rei do Universo que nos libertará definitivamente.

Chegados aqui, perguntemo-nos: O que se nos pede a nós cristãos, diante desta realidade? Nutrir a esperança do amanhã curando a dor de hoje: estão ligadas. Se você não segue adiante observando as duas hoje, dificilmente terá a esperança do amanhã. De fato, a esperança que nasce do Evangelho, não consiste em esperar passivamente por um amanhã em que as coisas hão de correr melhor, não é assim, mas, em tornar concreta hoje a promessa de salvação de Deus hoje; hoje, cada dia. De fato a esperança cristã não é a de todo ativismo de quem espera que as coisas mudem, e entretanto continua a ocupar-se da vida própria. Mas é construir dia a dia com gestos concretos, o Reino do amor, da justiça e da fraternidade que Jesus inaugurou. A esperança cristã, por exemplo, não foi semeada pela vida de sacerdotes que passaram diante daquele ferido pelos ladrões, não; foi semeada, por um estranho, um samaritano que parou e fez um gesto. E hoje como a Igreja se diz: “pare e semeie a esperança, na pobreza, aproxime-se do pobre e semeie a esperança: a esperança dele, a esperança sua, e a esperança da igreja.”

A nós nos é pedido isto: ser entre as ruinas quotidianas do mundo, construtores incansáveis de esperança; ser luz enquanto o sol se obscurece, ser testemunhas da compaixão, enquanto ao redor reina a distração; ser presenças atentas, na indiferença generalizada, testemunhas de compaixão. Nós jamais poderemos fazer o bem sem passar pela compaixão, no máximo faremos coisas boas, mas que não toca o caminho cristão, porque não toca o coração. Ele nos faz tocar o coração da compaixão, aproximamo-nos sentimos a compaixão e fazemos um gesto de ternura; no próprio estilo de Deus: proximidade, compaixão, ternura. Isso é que nos pede hoje.

Recentemente voltou a minha mente aquilo que costumava repetir um bispo próximo aos pobres, Dom Tonino Bello. Não podemos limitar-nos a esperar, devemos organizar a esperança; se a nossa esperança não se traduzir em opções e gestos concretos de atenção, justiça, solidariedade, cuidado da casa comum, não poderão ser aliviados os sofrimentos dos pobres; não poderá ser modificada a economia do descarte que os obriga a viver à margem; não poderão florescer de novo os seus anseios. Compete-nos especialmente a nós cristãos organizar a esperança. Traduzi-la diariamente na experiência concreta nas relações humanas, no compromisso social e político. Faz-me pensar no trabalho que fazem tantos cristão com obras de caridade, ao trabalho de esmolaria apostólica; que se faz aí? Se organiza a esperança. Não se dá uma moeda, se organiza a esperança; esta é a dinâmica da igreja. 

Hoje Jesus nos oferece uma imagem simples e ao mesmo tempo sugestiva da esperança. É a imagem das folhas da figueira que desabrocham sem fazer ruído, assinalando que o verão está próximo. E estas folhas aparecem, sublinha Jesus, quando o ramo se torna tenro.  Irmãos e irmãs, aqui está a Palavra que faz germinar a esperança no mundo, e alivia a dor dos pobres: a ternura, compaixão que leva à ternura. Depende de nós superar o fechamento; a rigidez interior, a tentação que quer uma igreja toda ordenada, rígida, isto não é do Espírito Santo. Nós devemos superar e fazer germinar esta esperança. Depende de nós superar a tentação de apenas ocupar-nos com nossos problemas para não nos enternecer-nos à vista dos dramas do mundo, compadecendo-nos da dor. À semelhança das folhas ternas da árvore, somos chamados a absorver a poluição que nos rodeia e transforma-la em bem. Não adianta falar dos problemas, polemizar, escandalizar, isto todos o sabem fazer. O que adianta é imitar as folhas que sem chamar a atenção, todos os dias transformam o ar poluído em ar puro. Jesus nos quer conversores de bem; pessoas que imersas no ar pesado que todos respiram respondem ao mal com bem; pessoas que agem, partilha o pão com os famintos, trabalham pela justiça, elevam os pobres e devolvem-lhes a sua dignidade, como fez aquele samaritano. É bela e evangélica, é jovem, uma igreja que sai de si mesma e como Jesus anuncia a boa nova aos pobres. Esta é uma igreja profética que diz com a sua presença aos corações desanimados e aos descartados do mundo: "coragem o Senhor está próximo, também para ti há um verão que desabrocha nos corações de inverno, mesmo na tua dor pode ressurgir a esperança."

Irmãos e irmãs, levemos ao mundo este olhar de esperança; levemo-lo com ternura aos pobres; com proximidade, com compaixão, sem os julgar. Nós seremos julgados, porque lá junto deles, junto aos pobres está Jesus; neles está Jesus que nos espera.

Papa Francisco

(Cfr. Papa: levemos aos pobres a esperança com ternura, sem os julgar - Vatican News)


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