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O Domingo - Páscoa Semanal dos Cristãos


O “primeiro dia da semana” tornou-se para os discípulos de Jesus dia do Senhor (domingo) porque foi numa primeira feira que Jesus ressuscitou. Depois da ressurreição Jesus aparece aos discípulos e Ele mesmo institui a perenidade da assembléia eucarística dominical

A partir da ressurreição, até Pentecostes, ele apareceu aos discípulos em todas as primeiras feiras da semana, que a partir disso se tornaram o Domingo, o dia do Senhor[1]. Foi nestes encontros, que ele deixou os elementos constitutivos da assembléia dominical, como a sua presença e o seu falar e explicar as escrituras, o doar o seu Espírito, o perdoar e o enviar. Diz a SC nº 6 que desde aquele tempo a comunidade dos discípulos nunca parou de reunir-se ao Domingo, para cumprir com o seu mandamento: “ Fazei isso para celebrar a minha memória.” (I Cor 11, 24).

A partir disso a Eucaristia se apresenta para os cristãos, como a  assembléia por excelência, e para a Liturgia que emana do Vaticano II, tem uma interação constante entre assembléia e sacramento da Eucaristia. Quanto mais a assembléia é completa, tanto maior é a manifestação do sacramento (SC nº: 41). A Eucaristia é o sacramento do encontro pessoal de Cristo com a sua esposa, a Igreja, formada por todos aqueles que alimentando-se do seu corpo e do seu sangue são repletos do Espírito Santo e se tornam em Cristo, um só corpo e um só Espírito. ( Cfr III Anáfora). A Eucaristia gera a Igreja a Esposa de Cristo. Afinal a Eucaristia não é algo que celebramos, mas é alguém que nela encontramos, é o próprio Cristo que depois quer permanecer conosco em tudo o que fizermos, porque tudo o que existe vem Dele e só nele encontra plenitude e cumprimento. É vivendo sempre conosco que Ele nos transforma. A Eucaristia justamente nos lembra São Agostinho é o único alimento que nós não transformamos em nós mesmos, mas que nos transforma Nele. Citando São Leão Magno o Vaticano II afirma:«A participação ao Corpo e ao Sangue de Cristo, outra coisa não faz, que nós transformar Naquele que neles recebemos[2]».A Eucaristia nunca é para nos deixar como antes da celebração dela, mas é para nos transformar e converter a Cristo. Quem vai a Eucaristia e não quer mudar, está fora de lugar. A Eucaristia é para nos transformar Naquele que Nela recebemos, porque: «Em Cristo formamos um só Corpo» (1Cor 12, 12-31). Na Eucaristia o Espírito Santo é invocado na segunda Epiclesi para que venha sobre os fieis e os transforme num só corpo que é o corpo de Cristo hoje, de modo que Ele seja tudo em todos. (Cfr. Ef. 1, 10 e Col. 3, 11). Na Eucaristia o Espírito Santo nos une e nos transforma para que todos juntos sejamos o Corpo de Cristo hoje, a sua Igreja, que é chamada a ser um só Corpo, o Corpo de Cristo hoje. Está é a fecundidade da Igreja, da sua Esposa que se unida a Ele o Esposo sempre gera e faz crescer novos filhos.

A finalidade da nossa vida, segundo esta visão conciliar da Eucaristia, outra coisa não pode ser se não ser Eucaristia na vida, como Ele que foi corpo dado e sangue derramado todos os dias da sua vida. Todos os dias, viveu, procurando salvar á todos inclusive aqueles que queriam eliminá-lo. Somos assim chamados em força da Eucaristia que celebramos, a procurar ser, com a sua ajuda, Eucaristia como Ele foi, todos os dias da sua vida. Participando ao sacramento Eucarístico, somos convidados a dar a vida, como Cristo, pela salvação do mundo. Tem profundamente razão São Paulo quando diz:«Preguei na cruz de Cristo tudo o que é velho em mim, e agora, não sou mais eu que vive, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20).

Jesus Cristo hoje come pode ser para todos se não por meio de nós que já aderimos ao seu convite de ser da sua família e de sentar a sua mesa, que é a mesa da Eucaristia. Esta é a Missão do cristão e da Igreja segundo o Vaticano II. Tudo isso se torna mais claro se acolhemos a visão mais recente de missão, que é definida como: «A tarefa que Deus confia a cada batizado  e a sua Igreja para salvação do mundo[3]». Disso se pode duzir que o procurar de ser Eucaristia, não é para a nossa salvação pessoal, mas para a salvação de todos. Nós vamos na Missa não para nós mas para os outros, por aquele que não vão na Missa, porque Deus é Pai de todos os homens, e quer salvar a todos. Todos já, desde sempre, são amados por Ele e chamados a participar da comunidade da sua esposa. Os Cristãos se salvam, não procurando a salvação para si mesmos, mas para todos.

O modo mais seguro que temos de buscar a nossa própria salvação, consiste no trabalhar e contribuir pela salvação de todos. Isto em forca da Eucaristia que existe não pela nossa salvação individual, mas para a salvação de todos. Nós vamos na missa não para nós, mas principalmente para os outros, por aqueles que não vão na missa. Isso porque Deus é pai de todos os homens, e que salvar a todos. Todos já são amados por Ele o Esposo da Igreja e todos ele chama a fazer parte da comunidade Cristã sua esposa. Os cristão se salvam, não buscando a proporia salvação, mas a salvação de todos. A maneira mais segura que temos para buscar a nossa própria salvação é de buscar a salvação de todos. Isto em força da Eucaristia que celebramos ao domingo, porque ao redor da sua mesa, Deus que é Pai de Todos é feliz com os filhos presentes, mas é preocupado com os filhos ausentes. Através da Eucaristia Ele quer nos transformar, até também nós ter ao menos um pouco o seu coração, o coração de Cristo, que sempre quis salvar a todos e para conseguir isso quer precisar da colaboração de cada um de nos, que já acolhemos o seu convite a sua mesa, a fazer parte da sua família participando da Eucaristia. Par explicar melhor a espiritualidade litúrgica, Istoé o chamado a ser Eucaristia na vida, que sempre é viver para os outros, é útil relatar um exemplo de vida dos primeiros séculos da Igreja, quando os cristãos, também se já tinham a tradição de dar a Eucaristia como viático a quem estava perto da morte o para enfrentar uma viagem perigosa, não davam a Eucaristia como viático a quem ia morrer pela fé porque já tinha resistido com determinação ao representante do imperador, recusando-se ad adorar uma estatua dele, e já tinha sido enviado a morrer pela feras. Não davam a Eucaristia a estes como viatico, porqúe naquele momento eles já eram Eucaristia e não precisavam mais recebe-la. Não é por caso que o Vaticano II, cita duas vezes São Policarpo[4] e doze Santo Ignácio de Antioquia[5], que levados ao martírio, expressam a consciência clara de tornar-se Eucaristia[6] por meio do martírio. O Concílio era profundamente consciente que para os primeiros cristãos a mesa da Eucaristia era profundamente ligada a mesa da Palavra, e o afirma n[7].a Constituição “Dei Verbum”. Por isso deixa claro que acreditar na presença real de Cristo nas espécies Eucarísticas é antes de mais nada confiar o coração e a mente a Sagrada Escritura[8] e com ela a Deus mesmo[9]. Jesus Cristo era por eles sentido como realmente presente na Eucaristia e aproximar-se dela era como aproximar-se da pessoa de Jesus. Por isso julgavam necessário antes de aproximar-se da Eucaristia estar devidamente preparados de modo que ao fazer a comunhão estejam na atitude adequada[10].

A Missa dominical de fato é incompleta se não transforma a comunidade que a celebra, por exemplo tornando-a Missionária: «...Se não leva a comunidade a tomar parte ativa a Missão Universal da Igreja[11]». Os primeiros Cristãos e os padres da Igreja junto com eles eram profundamente enamorados de Jesus Cristo que se fez Eucaristia para nós e é por isso que o Vaticano II quis propor a toda a Igreja a visão Eucarística deles. Para eles a Eucaristia não é algo a celebrar, mas é Alguém a encontrar é evento Querigmático[12], que tem a finalidade de nos transformar diversamente se torna ineficaz. O Querigma que na Eucaristia é proclamado no momento mais solene, não pode ser reduzido a uma simples aclamação, nos alerta o Pe Cantalamessa:«O Querigma ressoa, é verdade, no momento mais solene da Eucaristia:”Anunciamos a tua morte Senhor e Proclamamos a tua ressurreição, na espera da tua vinda”. Mas sozinho é apenas uma simples forma de aclamação[13]».

Os mártires de Abilene, precisavam da Eucaristia a cada Domingo, porque nela encontravam, por meio da fé, o próprio Cristo vivo e presente por obra do Espírito Santo. Precisavam deste encontro pessoal com Cristo que cada semana os alimentava e os plasmava. Sabemos também que as relíquias dos mártires eram veneradas pelos primeiros Cristãos, como a própria Eucaristia. Santo Ignácio de Antioquia, foi bem explicito nos expressar este modo de entender a Eucaristia dos primeiros séculos da Igreja. Sendo ele já de idade avançada, levado acorrentado a Roma para ser dado como alimento às feras do Coliseu porque acusado de ser Cristão; soube durante a viagem como prisioneiro, que os cristãos de Roma estavam movendo-se para libertá-lo. Eis uns trechos que ele escreveu à Igreja de Roma para fazê-los desistir desse propósito esclarecendo clara consciência para todos que, com a sua morte, ele se tornava Eucaristia como o Cristo: «“... Não quero que agradeis aos homens, mas a Deus, como já o fazeis. Quanto a mim, jamais encontrarei outro tempo mais oportuno de entrar de posse de Deus; e quanto a vós, seria o silêncio vossa ação mais meritória. Porque se calardes o meu nome, tornar-me-ei palavra de Deus. Não me concedais mais do que ser imolado a Deus, enquanto o altar esta preparado: Pedi apenas para mim as forças interiores e exteriores, a fim de que não só fale, mas o queira; não só seja chamado de cristão, mas reconhecida como tal.

         O cristianismo não é resultado de persuasão, mas de magnitude. tenho escrito a todas as Igrejas e a todas faço saber que com alegria morro por Deus, contudo que vós não me impeçais. Suplico-vos não demonstreis por mim uma benevolência intempestiva. Deixa-me ser alimento das feras para tornar-me puro pão de Cristo. Então serei verdadeiro discípulo e Cristo. Suplicai a Deus por mim, que por este meio me torne uma hóstia para Deus. Agora algemado, aprendo a nada cobiçar. Desde a Síria até Roma venho lutando, com as feras de dia e de noite, por terra e mar, amarrado a dez leopardos, isto é ao grupo de soldados, os que recebem benefícios são os piores. Aprendo mais com as suas injúrias ...”

         “... Nem as delícias do mundo nem os reinos terrestres me interessam. Mais vale para mim morrer em Cristo Jesus do que imperar até os confins da terra. Procuro aquele que morreu por nós: quero aquele que por nós ressuscitou . Meu nascimento esta iminente. Não me impeçais de viver, não desejeis que eu morra, pois desejo ser de Deus; concedei-me ser imitador da paixão de meu Deus. se alguém o possui no coração entenderá o que quero e terá compaixão de mim, sabendo quais os meus empecilho ...”

         “... Não podeis pronunciar o nome de Jesus Cristo, enquanto cobiçais o mundo. Não more em vós a inveja ...”

         “... Meu amor esta crucificado, não há em mim flama em busca da matéria; apenas uma água viva e murmurante dentro de mim, dizendo-me em segredo: “Vem para o Pai ...”

         “... Lembrai-vos em vossas orações da Igreja da Síria, que tem Deus em meu lugar. Em lugar d bispo, Jesus Cristo e vossa caridade a governarão[14] ...». Citando os padres da Igreja o Vaticano II certamente quis evidenciar a maneira deles entenderem a Eucaristia e o quanto eles, enamorados de Cristo, tinham nela o alimento da vida nova. Para não deixar dúvidas sobre esta visão a exemplifica dizendo: «Todas as obras dos Cristãos: as orações, as iniciativas apostólicas, a vida conjugal e familiar o trabalho de cada dia, o descanso espiritual e corporal, se realizadas no Espírito de Deus, e também as moléstias da vida, se suportadas com paciência se tornam verdadeiros sacrifícios espirituais que agradam a Deus por meio de Jesus Cristo, eles na celebração da Eucaristia são ofertados ao Pai junto com a oferta do corpo do Senhor. Desta forma também os Cristãos leigos, enquanto adoradores do Pai,qualquer que seja o lugar onde vivem e trabalham santamente, consagram a Deus o próprio Mundo[15]».

A Eucaristia é para transformar o mundo, nela se consagra a Deus tudo aquilo que é de Deus, para ser por Ele conduzido e transformado. O Vaticano II acrescenta também que: «A celebração Eucarística, para ser plena, completa e sincera nos deve levar seja as obras de caridades e a ajuda recíproca, seja a ação Missionárias e as diversas formas de testemunho Cristão[16]» .

A este ponto a ligação inseparável e continua entre Eucaristia e Missão no Vaticano II é evidente e incontestável, especialmente naquilo que concerne a necessidade da Igreja local de ser Missionária. Todos aqueles que participam da Eucaristia e não são transformados em Missionários com Jesus, é porque na Eucaristia não encontraram pessoalmente Jesus presente e vivo.

Conclusão: Viver a páscoa é viver a Eucaristia dominical.


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