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Leigos

A CT documento vivo, presente em atitudes, palavras e no jeito de ser


Durante o ano jubilar xaveriano, que comemora os cem anos da Carta Testamento e os 125 da fundação dos Missionários Xaverianos, pretendemos publicar mais ou menos cada mês um depoimento sobre o significado de ser leigo xaveriano ou amigo dos Missionários Xaverianos. Esta vez a Patrícia nos conta sua experiência como leiga xaveriana.

 

A maior beleza da Carta Testamento (CT) em minha vida é que a conheci antes de ler sequer uma linha do seu valioso conteúdo. Tive acesso a boa parte dos ensinamentos e diretrizes da CT a partir da minha própria vivência em comunidade xaveriana desde os meus 11 anos de idade. Hoje relendo a CT me recordei inúmeros momentos valorosos que ajudaram a construir meu caráter e formar a pessoa que hoje sou. Sou agraciada, tive muitas oportunidades de aprendizagem e quero partilhar.

Desde muito jovem fui assumindo compromissos e responsabilidades dentro da igreja. Recebi o sacramento do Crisma na paróquia Sagrado Coração de Jesus periferia de São Paulo, atendida pelos xaverianos e a minha comunidade era São Francisco Xavier. Ainda com 16 anos assumi com minha amiga Cristina que fez Crisma comigo uma turma de catequese. Na minha adolescência na Igreja tive um encontro muito forte com os valores do evangelho e foi com os padres xaverianos que esses valores foram semeados em meu coração e brotaram, me fazendo aos poucos construir e constituir meu jeito, meus ideais e meus sonhos.

Fui uma jovem atuante na Pastoral da Juventude (PJ), ativa participante dos grupos de ruas nas Campanhas da Fraternidade, Novenas de Natal e outras ocasiões, participei de formações das CEBs, Legião de Maria, formação bíblica do CEBI, atuei no Conselho comunitário e trabalhei ainda na Pastoral da Criança bastante motivada por minha mãe e enfim idealizei um projeto que presenteia crianças carentes na periferia das comunidades xaverianas por ocasião do Natal. Talvez o verso de um canto consiga expressar o tipo de valores que recebi e absorvi, que eu vejo que vão de encontro com a CT: "Negros e brancos, índios, mestiços, de todos Deus é Pai, uma só fé, um só Salvador, o mundo evangelizai. Vinde, vede e anunciai!"

Tive a ótima oportunidade de estar em muitos lugares xaverianos: Diocese do Bispo Xaveriano Dom Adolfo para conhecer a realidade local e posteriormente, junto com a coordenação LMX (Leigos Missionários Xaverianos) pensar num projeto missionário para os leigos desenvolverem, sendo quem sabe, o nosso primeiro campo de missão; em Abaetetuba/PA, cidade periférica, onde os xaverianos atuam com intensidade e lidam com a pobreza, violência e mazelas ao lado do povo. Tenho a graça de conhecer as casas xaveriana do Brasil Sul, algumas da Itália e da Colômbia.

Diante do crucifixo no Santuário de Parma, senti especial ardor no coração; é o mesmo crucifixo que cativou S. Guido. Ao contemplar a mesma cruz, desceram lágrimas ao imaginar ele menino se apaixonando por Cristo e adolescente conhecendo a história de São Francisco Xavier e tão logo sonhando audaciosamente com a missão além-fronteiras, com a missão na China

O Pe. Leão Occhio foi o missionário pelo qual eu tive mais admiração. Ele que celebrou as Bodas de Prata dos meus pais na periferia de São Paulo e 25 anos antes, ele mesmo foi o celebrante do matrimônio no interior de Minas Gerais. Um homem preocupado com a natureza, com os excluídos, comprometido com o povo. Um homem de Deus, carinhoso, presente e verdadeiro, que chamava a atenção sem medo de aborrecer, pois era direto.

Um xaveriano nunca se põe ao centro ou se faz o centro das atenções, não se faz impositivo por sua vontade, mas se faz entender por seu exemplo e se faz seguir por coerência. Não espera e não aceita privilégios por ser sacerdote. A palavra ensina, mas o testemunho arrasta ao seguimento. Está na CT (6): “ninguém pretenda isenções e privilégios por serviços prestados e cargos ocupados na Congregação”. Trecho que valoriza o Evangelho de Jesus: “Eu não vim para ser servido e sim para servir.”

Toda minha vida me vejo, acolhida pela família xaveriana, motivada por ela e parte dela. E foi São Guido com uma visão a frente do seu tempo, que antecipou uma vertente do Vaticano II, a abertura da Igreja, com seu Instituto Missionário indo ao encontro dos não cristãos e não por imposição da fé, mas respeitando as diferentes culturas e com intenso Amor pela humanidade, levar os ensinamentos de Jesus.

A CT não é um documento escrito, publicado e esquecido, que fica numa prateleira ou em uma gaveta. É um documento vivo, presente nos xaverianos em suas atitudes, palavras, no jeito de ser. É assim como leiga, de 37 anos, que há mais de 25 trabalha com os xaverianos vê e sente.

Cada um tem seu encontro pessoal com Deus. O ouvir do seu chamado a vocação é único e pessoal. Pode haver pessoas que o incentive, que lhe mostre o caminho, que o ajude... Cada padre xaveriano tem uma bela história para contar de como se deu esse encontro com sua vocação inicialmente. E por mais distinta que seja a cultura de cada um, creio que o Amor de Cristo é o que há em comum no chamado. Todos os xaverianos que tive a oportunidade de conhecer, me fizeram notar em suas atitudes e palavras o Amor de Cristo, o Amor de Cristo que nos impulsiona a amar e servir com disposição e alegria.

Patrícia da Silva Nunes de Araujo Silva     

                                                      


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