Terceiro ano da presença xaveriana em Marrocos
A festa de São Francisco Xavier, este ano, tem um contexto de muitos acontecimentos, tanto a nível global e eclesial como congregacional: as crises que se sucedem; o caminho sinodal entre compromissos reais, reticências e exigências exigentes; o XVIII Capítulo Geral dos Xaverianos que através das temáticos tenta reorientar-nos para o que importa: o amor à nossa vocação xaveriana... E a nosso nível, do Marrocos, iniciamos o terceiro ano de nossa presença, tecendo esforços e novos passos simples de serviço ao reino de Deus.
São Francisco Xavier recebeu uma missão "maravilhosamente adaptada ao seu temperamento" (Léon-Dufour). Três paixões movem o nosso Santo Padroeiro nas suas várias “partidas”: 1) a paixão pela vida, 2) a paixão pela partilha, 3) a paixão pela salvação da humanidade. Paixões vividas numa contínua aspiração a coisas cada vez maiores.
As maiores barreiras no seu caminho de apóstolo não estavam fora dele, mas dentro dele e assim que "descobriu" esta realidade, a sua luta interior foi implacável até que o seu perfil ou carácter se abriu à Graça e à missão recebida.
O seu itinerário não foi tanto o da conquista do mundo pelo apóstolo, mas o da conquista do apóstolo por Deus. Assim, como homem de desejos que nasceu no momento da sua conversão, cresce e amadurece até torna-se homem do Espírito: consumido pelo fogo do seu amor com apenas 46 anos de vida.
Ainda hoje, como nos tempos de São Francisco Xavier, o problema da missão não está no Evangelho, nem nas diversas situações em que ela deve ser proposta, nem nos meios... O problema da missão hoje é o missionário ele mesmo: seu coração, sua mente, seu espírito, sua fé... sua conversão... (Pe. Juan Antônio Flores Osuna).