Palavra do dia:
A paciência de Deus encontra a sua expressão máxima na paixão e na cruz de Cristo: ali a assimetria entre o Deus paciente e a Humanidade pecadora amplia-se desmesuradamente na paixão de amor e de sofrimento de Deus no filho Jesus Cristo crucifixo. Desde então a paciência como virtude cristã é um dom do Espírito (Gal 5,22) outorgado pelo crucifixo-ressuscitado e configura-se como participação da força que provém do evento Pascal. Para o cristão a paciência estende-se à fé e é perseverante - fé que dura no tempo, que é makrothymía, «capacidade de olhar e sentir em grande», isto é, arte de acolher e viver a incompletude. Este segundo aspecto diz como a paciência deve ser necessariamente humilde: deve levar o Homem a reconhecer a sua incompletude pessoal e a tornar-se paciente para consigo próprio; ela reconhece a incompletude e a fragilidade das relações com os outros, estruturando-se como paciência no confronto com os outros; confessa a incompletude do desenho divino de salvação, configurando-se como esperança, invocação e esperança de salvação. A paciência é a virtude de uma Igreja que espera o Senhor, que vive responsavelmente o ainda-não sem antecipar o fim e sem se elevar a si própria perante o desígnio de Deus.
Oração:
Bendito Jesus, faz com que minha alma se aquiete em Ti. Permite que a Tua poderosa calma reine em mim. Governa-me, Rei da Calma, Rei da Paz. Dá-me controle; controle sobre minhas palavras, meus pensamentos e minhas ações. Livra-me, Amado Senhor, de toda irritabilidade, de toda falta de mansuetude e de doçura. Por tua profunda paciência, concede-me a paciência e a quietude de minha alma. Faz com que nisso e em tudo, eu seja semelhante a Ti. Amém.