Skip to main content

Faça uma doação

Os Missionários Xaverianos não dispõem de nenhuma receita a não ser o nosso trabalho evangelizador e as doações dos amigos benfeitores. O nosso Fundador, São Guido Maria Conforti, quis que confiássemos na Providência de Deus que nunca deixa desamparados seus filhos. Invocamos sobre você e sua família, por intercessão de São Guido Maria Conforti, as bênçãos de Deus.
Atenciosamente,

Redação da Família Xaveriana


Deposite uma colaboração espontânea:

Soc. Educadora S. Francisco Xavier
CNPJ: 76.619.428/0001-89
Banco Itau: agência 0255, conta corrente:27299-9
Caixa Econômica ag. 0374, conta corrente: 2665–3

Artigos religiosos

Visite o site do nosso centro de produção
de artigos religiosos e missionários

CEPARMS


TercoMiss

TercoMiss

Artigos

A Pobreza em tempo de pandemia


O novo coronavírus chegou ao Brasil em um momento de crise social, econômica e política sem precedentes e encontrou um país sem unidades de saúde para atender a população, principalmente a pobre e empobrecida, que está aumentando rapidamente devido às políticas antissociais do governo.

Os números oficiais de óbitos não correspondem à realidade, pois muitas das mortes na população carente ocorreram em casa, sem registro oficial. Se a situação é trágica para a população pobre, a situação para os povos indígenas está se tornando dramática. O coronavírus veio apoiar o governo, que está determinado a se livrar dos povos indígenas. Já se fala em etnocídio. As terras (reservas) dos indígenas, concentradas principalmente na região amazônica, são ricas em grandes extensões de terras agricultáveis, minerais, madeira, biodiversidade, água... O Parlamento está disposto a dar todo amparo jurídico à ação de um governo e um presidente extremista.

A maioria do parlamento é formada por grupos "bancadas", todos iniciados pela letra B. O grupo mais forte e articulado é o B = Boi: proprietários de terras que produzem carne para exportação, soja, milho, cana-de-açúcar, algodão.... O segundo grupo é o B = Bala, ou bala: são os militares que já ocupam cargos importantes no atual governo. O terceiro grupo é a B = Bíblia: parlamentares protestantes evangélicos e também católicos tradicionalistas que defendem o slogan “Deus, Pátria e Família” através da Bíblia e da tradição. Os poderes econômico-financeiro, militar e religioso estão todos alinhados contra os povos indígenas que nada valem no mercado e no sistema neoliberal. “Índio bom é índio morto”, já diziam os ingleses da América do Norte. Estamos testemunhando o extermínio dos índios brasileiros em três frentes.

O primeiro é o ataque armado, com violência e homicídio, que se desenrola desde a chegada dos primeiros portugueses às terras arborizadas do Brasil. De 2003 a 2011, 503 índios foram assassinados no Brasil, incluindo 273 do povo Guarany e Kaiovã. Estima-se que quando os portugueses chegaram, havia entre 5 e 10 milhões de habitantes indígenas no território brasileiro. No censo de 2010, era 817.900. Em 1500 havia 900 povos étnicos com 1.300 línguas, hoje existem 206 grupos étnicos com 170 línguas.

A segunda frente é a legislação, totalmente contra o reconhecimento de reservas fundiárias já legalizadas há anos e contra a regularização de novas reservas já em processo de legalização. Quanto ao resto "nem um metro a mais para os índios", diz o atual presidente Bolsonaro.

A terceira frente é a entrada em território indígena de empresas minerais e agroindustriais que matam vidas na água e no solo. E os índios estão observando ou apenas enterrando seus mortos assassinados? A reação, a resistência e a organização dos diversos povos indígenas e o apoio da sociedade civil, dentro e fora do Brasil, são crescentes.

O governo criminaliza os movimentos sociais com a denúncia de que são contra o progresso e o bem do Brasil. De fato, estão aumentando também as mortes e massacres de defensores dos direitos humanos e dos direitos dos povos indígenas, reconhecidos na Constituição brasileira de 1988. Ainda estamos testemunhando novos fenômenos entre os índios. Grupos inteiros estão deixando as aldeias nas reservas para voltar a viver na floresta, longe e a salvo dos "brancos". São chamados de "índios isolados" que se juntam a outros grupos que vivem em isolamento voluntariamente e que nunca tiveram ou quiseram ter contato com brancos. É crescente o número de suicídios entre os índios, principalmente entre os jovens, que, desarraigados de seu habitat e ameaçados, não enxergam futuro pela frente.

E o coronavírus veio para completar o quadro de etnocídio. As mortes estão aumentando, não porque os índios sejam "pobres", mas porque eles não têm antivírus e sistemas imunológicos contra a doença dos brancos. E assim o círculo se fecha. Espanhóis e portugueses, chegando à América Latina, mortos não só com espadas ou armas de fogo, mas sobretudo com doenças e enfermidades dos “conquistadores” (varíola, tuberculose e mais), espalharam voluntariamente como armas mortais para povos indefesos.

Pe. Primo Battistini, sx


Artigos relacionados

Artigos

A bacia de Jesus ou bacia de Pilatos no Trabalho Pastoral?

A bacia de Jesus é sublime, porque é altruísta. O Mestre pensa no bem dos discípulos, não em si. ...
Artigos

Nota de pesar pelas mais de 500 mil vidas ceifadas na pandemia da covid-19

Ninguém dentre nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. Se estamos vivos, é para o Senhor q...
Artigos

Cerca de 340 milhões de cristãos perseguidos em 2020 (vídeo)

Cerca de 340 milhões de cristãos foram "fortemente perseguidos" no mundo em 2020, um fenômeno em ...
Artigos

Feliz ano novo e muita esperança!

A profecia de Cristo desejando a formação de uma única família cristã que abraça a humanidade. ...