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Artigos

V Jornada Mundial Dos Pobres


Comentário à V JORNADA MUNDIAL DOS POBRES: “Aos pobres os tereis sempre convosco” (Mc 14,7).

O dia do Dia Mundial dos Pobres instituído pelo Papa Francisco após ter fechado o ano da misericórdia (2016) nos traz este ano uma reflexão sobre Jesus Pobre que sempre estará conosco.

Sobre os pobres nossas Constituições Xaverianas sempre nos guiam e dão sentido à nossa consagração missionária e religiosa; consagração ao anuncio do Evangelho entre nossos irmãos e irmãs de diversas tradições religiosas, entre ateus e entre aqueles que se declaram indiferentes (Cosuma 2021 N. 9).

Um artigo das Constituições Xaverianas chama a atenção nesse sentido e pode ajudar no caminho vocacional permanente. É um artigo, que é encontrado como se estivesse ao pé de página, diz: "Com a pobreza nos desprendemos não só das coisas e do desejo de posse, mas também do sucesso ou do fracasso, que não deve ser o critério do nosso compromisso missionário", (C25.2). Ter Jesus Cristo pobre entre nós é mantê-lo vivo dentro de nós também: permanecer livres das decepções que deixa a procura pelo sucesso, porque Deus não considerará o sucesso de nossos esforços, mas o ardor e a justiça com que trabalhamos para sua glória (Conforti 24.9.1908).

Um critério de discernimento na escolha dos lugares de nossa missão, juntamente com os três elementos que nos identificam: ad gentes, ad extra, ad vitam, poderia ser o que nossas Constituições dizem sobre os destinatários de nossa missão: Pelo nosso carisma específico somos enviados para populações não cristãs e grupos humanos, fora do nosso meio ambiente, cultura e igreja de origem. Fiéis às preferências de Cristo, nos dirigimos em particular, entre os não cristãos, aos destinatários privilegiados do Reino: : os pobres, os fracos, os marginalizados pela sociedade, as vítimas da opressão e da injustiça (C9).  Dentro do mesmo grupo de destinatários em nossas missões estão aqueles que são mais indefesos, mais vulneráveis, mais necessitados e mais abandonados: Esse é o lugar da nossa missão, Deus está lá. Seguimos os passos de Jesus Cristo que, em vez de ir ao Templo de Jerusalém, foi para a piscina de Betesda onde jazia uma multidão de doentes, cegos, mancos e paralíticos (Jo 5:3): os marginalizados da sociedade. Sabemos que em nossas missões ainda existem aquelas situações; situações em que encontramos a presença real do Senhor: presença sacramental.

Estudos acadêmicos de ciências humanas nos ajudam a superar a consciência ingênua e a considerar as causas estruturais, onde a pobreza muitas vezes significa morte prematura por falta de comida, abrigo, impossibilidade de atender adequadamente às necessidades de saúde e educação, exploração do trabalho, desemprego permanente: situação destrutiva de povos, famílias e pessoas. Daí a importância de um trabalho integral na tarefa de anunciar o Evangelho como diz nossa Ratio Missionis: Na realização deste único propósito (o primeiro anúncio do Evangelho) implica uma multiplicidade de atividades; nada disso pode ser deixado sem prejudicar os outros e o próprio Evangelho (RMX 54). Nossa Família deve desenvolver todas as atividades para cumprir plenamente sua missão: ao primeiro anúncio do Evangelho; ao diálogo e anúncio; e à fundação de novas comunidades cristãs, colaboração com a Igreja Local e suplência pastoral; não deve faltar o testemunho cristão feito através da promoção humana. O anúncio exige o empenho contra todos os tipos de violência institucionalizada; a denúncia daqueles que colocam a mão no dinheiro e bens da comunidade, que com isso roubam a vida dos mais pobres e necessitados.

Nesse sentido, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em sua última análise da realidade denuncia que:  Se por um lado a safra do agronegócio quebra recordes de exportação, por outro, a população está em estado de insegurança alimentar: o Brasil está de volta no mapa da fome. As pessoas estão mais indefesas. Em meio à pandemia, os bancos quebraram recordes históricos de lucros no segundo trimestre de 2021. Há uma profunda crise econômica com a aceleração da inflação, com aumento dos preços dos combustíveis, na cesta básica, deterioração das condições de trabalho e a incerteza dos efeitos das novas variantes do Covid-19 (A-COMPLEXIDADE-DO-QUADRO-POLITICO-E-SEUS-DESDOBRAMENTOS-outubro-2021.pdf (cnbb.org.br)).

O documentário “A ilha das Flores”, vencedor do Urso de Prata no festival de Berlim em 1990, e escolhido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema como o melhor curta-metragem brasileiro de todos os tempos, narra a dinâmica organizacional da sociedade ocidental. Essa narrativa continua a se tornar realidade no Brasil: o gado que tem terra e dono, no Brasil, é considerado mais importante e valioso do que muitos grupos humanos que vivem na beira da estrada sem terra, e sem dono.

A Sagrada Escritua nos ensina que o verdadeiro seguidor de Jesus Cristo é aquele que se torna pobre por escolha, aquele que é capaz de compartilhar o que tem e dar seu dinheiro e seus bens aos pobres para que ninguém precise e para que todos sejam felizes (Mc 10, 21-22). O Deus de Jesus Cristo reina entre aqueles que escolhem ser pobres (Mt 5, 3); reina onde aos pobres não falta o necessário nem têm que se submeter aos outros para obter seu sustento, porque os filhos do Rei, renunciam a acumular e reter bens e estão sempre dispostos a compartilhar o que têm.  Embora, na realidade, o oposto está acontecendo nesta era da economia improdutiva, explicada por Ladislau Dowbor: esta sociedade prefere acumular bens e capital ao invés de colocá-los a serviço de todos (cf. https://youtu.be/tAY4vLMWK_I).

A perseguição daqueles que permanecem fiéis à opção de serem pobres para que Deus possa reinar em suas vidas e sociedades será uma consequência inevitável (Mt 5, 10). Uma sociedade baseada na ambição do poder, glória e riqueza (Mt 4, 9), não pode tolerar a existência e a atividade de grupos cujo modo de vida nega a base de seu sistema. 

Neste Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco nos convida novamente a não esperar que os pobres venham até nós, mas que possamos ir ao seu encontro; ou mais radicalmente nos diz: Quão evangélico seria, poderíamos dizer com toda a verdade: nós também somos pobres, porque só assim seremos capazes de realmente reconhecê-los e torná-los parte de nossas vidas e instrumentos de salvação.  Em vez de falar sobre eles, falar com eles. Passar da terceira pessoa do plural: eles; à primeira do plural: nós: Jesus Cristo está no meio de nós.


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