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Missiologia

Para uma missão "ad gentes, ad extra, ad vitam"


O Carisma dos Missionários Xaverianos na esperiência de um Missionário Xaveriano.

1. Missão rima com paixão e encontra sua formulação expressiva no grito de São Paulo na sua Segunda Carta aos Coríntios: "Caritas Christi urget nos" (2 Cor. 5,16), que era então a alma do audacioso projeto missionário de nosso Fundador São Guido M. Conforti. Ultimamente, a palavra missão se encontra no centro de discussões teológicas, mas o impulso missionário, como entendido por São Paulo e assumido por nosso Fundador, desvaneceu-se muito, se não ainda extinto.

Foi precisamente a paixão por Cristo e sua mensagem de salvação que nos mantiveram presos às margens do rio Kopotokko à mercê do mau tempo e dos ciclones, durante 12 anos sem energia elétrica, sem telefone e sem meios de comunicação de massa. Você pode chamar isso de retórica ou mistificação da missão, mas para mim é a história de uma aventura amorosa, no centro da qual era sempre Ele que nos sustentava e cuja presença se fazia sentir. "Senhor, você está aí; manifesta-se a mim! Se você se manifestar, eu vivo" (Borodol, 31.08.1978). "Estou aqui, porque está comigo e me enche de alegria! Se você estivesse longe de mim, eu fugiria" (Borodol, 02.09.1979).

Mas os tempos mudaram. Ao longo da história, não podemos nem contar as revoluções que transformaram nossa época. Em nossos dias, as mudanças estão ocorrendo a um ritmo impressionante. Em meio ao estardalhaço e ao frenesi das mudanças, o grito de São Paulo, ecoado pelo Fundador dos Xaverianos, ainda é perceptível? É exatamente isso que nos é pedido nesta fase preparatória do Capítulo Geral, que traçará ou não um caminho marcado por um renovado entusiasmo pela missão "ad gentes, ad extra, ad vitam", que só pode encontrar sua fonte no amor a Cristo.

2. Missão como Êxodo. O chamado para a missão nos coloca no caminho de Abraão, o pai daqueles que acreditam e se confiam, e é antes de tudo um êxodo de sua própria terra. A terra, em nosso caso, tem um amplo significado semântico, começando pelo geográfico do país onde você nasceu e absorveu a língua, religião, cultura e tradições, até o metafórico da terra de sua personalidade, do mundo de suas ideias e convicções.

O primeiro êxodo, aquele da terra do próprio nascimento, faz sofrer a princípio, mas é um sofrimento que é imediatamente absorvido e permanece uma memória isolada e nostálgica. O segundo êxodo, por outro lado, aquele da terra de nosso eu e de nossa maneira de pensar e agir, nunca termina e nos acompanha ao longo de toda a vida. Se o primeiro êxodo não for seguido pelo segundo, a missão está condenada ao fracasso. Este segundo êxodo nos permite implementar a missão “ad extra", que é a segunda característica que nos constitui como Xaverianos, ao lado de "ad gentes" e "ad vitam". A atitude de deixar o nosso ego nos permite entrar no país onde somos chamados a fazer presente a missão de Jesus, sem presunção ou pretensão de ensinar, mas com a consciência precisa de que aprender a língua do povo, conhecer sua história, cultura e tradições, é o ABC da missão. O slogan no passado era "ser apóstolos, mantendo sempre, dentro de si, a atitude do discípulo ".

3. Missão Ad Gentes. Uma vez, no horizonte do chamado à missão estavam apenas os povos que não conheciam Jesus e reivindicavam o direito de conhecê-lo. Daí a urgência da “partida” para a realização da missão. Hoje o horizonte se encurtou, porque, alguns dizem, que a missão “ad gentes” está em toda parte, inclusive onde vivemos, e já não há necessidade de sair. O fenômeno da emigração em massa nas últimas décadas perturbou os parâmetros da maneira de pensar e agir do mundo ocidental, envolvendo também a Igreja e sua missão. Há um amplo debate sobre isto, digno de grande atenção. Mas, como missionários ad gentes, nossa posição deve ser clara e inequívoca: o problema diz respeito à igreja local, que, como o Concílio Vaticano II afirmou, é missionária por natureza. Esta verdade encontrou sua expressão no slogan de alguns anos atrás: "Batizado? Então enviado"! Nós, como xaverianos, precisamos manter intacta a identidade do carisma ad gentes, o que requer deixar a própria terra e cultura.

4. Missão Ad Vitam. O último suspiro é para a missão! Talvez esqueçamos, mas devemos ter sempre em mente que para nós Xaverianos, a vida consagrada é marcada não apenas pelos votos de pobreza, obediência e castidade, mas também pelo quarto voto, o voto de missão. Corre-se quando se é jovem, enfrentando situações muitas vezes difíceis com entusiasmo, com o risco também de cometer erros. A corrida diminui à medida que se amadurece, quando se olha para a realidade com desencanto. Depois vem a quarta fase, a que mais me preocupa, quando se precisa da terceira perna, da bengala, para se mover. Você gostaria de correr como antes, de refazer as estradas lamacentas da época das chuvas e as estradas poeirentas do momento da seca, de retomar o que estava em seu sonho para alcançar e não foi realizado, mas a terceira etapa não o permite! Então você percebe que entrou na fase final da missão, que encontra seu ápice na kenosis, no desaparecimento gradual para a invocação final: Maranatha, Vinde, Senhor Jesus.

Missão Chuknagar, (Bangladesh) 29 de novembro de 2022.

Pe. Antônio Germano sx.


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