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Teologia

O Gesto de Jesus de lavar os pés


As refeições tinham o “lava-mãos”. Algumas ceias especiais tinham o “lava-pés” no início como sinal de acolhida e de hospitalidade. Jesus realiza esse gesto enquanto a refeição está acontecendo. Ele estabeleceu uma relação muito estreita entre o comer e o servir, melhor dizendo, entre a refeição e o serviço solidário.

Até Jesus, os convidados para a refeição eram servidos e saiam satisfeitos. A partir de Jesus, os convidados para a refeição servem-se uns aos outros e saem da refeição para servir os outros. O dom recebido é partilhado entre os seus; mas isso não basta, ele precisa ser colocado à disposição de todos, a começar pelos mais carentes. O dom é, ao mesmo tempo, graça e missão.

O Evangelho de João substitui a instituição da Eucaristia pelo Lava-pés. Audaciosa inovação que dirige o gesto eucarístico para a revolução das relações humanas: o poder do Senhor se converte em capacidade para servir; a autoridade não se exerce submetendo o outro, mas possibilitando que o outro “seja”.

Com este gesto Jesus desvela uma imagem nova de Deus: o Todo-Misericordioso esvazia toda e qualquer expressão de poder e submissão entre os humanos. Ninguém serve a Deus, a não ser do jeito de Jesus, isto é, lavando os pés, amando até o fim. Nosso Deus não é prepotência, mas condescendência. É o Criador que se põe aos pés da criatura. Nosso Deus é um Deus que “desce”, que se “inclina” para acolher. Mistério da Encarnação: Deus abraçando e sendo encontrado junto aos pés dos seus filhos(as).

O “descendimento” do Senhor aos pés dos discípulos e fazendo-se servidor, transforma o status da servidão em fraternidade (Jo 15,15). Deste modo se revela o verdadeiro senhorio de Jesus: a possibilidade de restabelecer a igualdade entre as pessoas através da superabundância de um amor que se derrama, sem reservas, para todos. Este gesto provocativo de serviço e despojamento d’Aquele que é “Senhor” desperta em cada seguidor(a) o desejo de considerar suas qualidades e capacidades como veículos de doação, não de poder ou de manipulação.

A partir deste “ousado gesto” já não se justifica nenhum tipo de superioridade, mas somente a relação pessoal de irmãos(ãs) e amigos(as). O Lava-pés é gesto ousado que quebra toda pretensão de poder. Jesus viu claramente que o perigo mais grave que ameaça seus seguidores é a tentação do poder. Não há dúvida de que isso é o que causa o maior dano a todos, o que mais nos desumaniza, pois alimenta divisão, submissão, obediência infantil... Por isso, com esse gesto, Jesus expressa que nunca quis agir como o superior que se impõe com poder; do mesmo modo, viu em semelhante comportamento uma conduta radicalmente inaceitável entre seus seguidores. A relação que se estabeleceu entre os discípulos e Jesus não foi a de submissão a um poder que manda e dá ordens, mas a do “seguimento” que brota da experiência de sentir-se atraído e seduzido pelo “modo de proceder” do mesmo Jesus.

Precisamos “levantar-nos da mesa” cotidianamente. Há sempre um lar que nos espera, um ambiente carente, um serviço urgente. Há pessoas que aguardam nossa presença compassiva e servidora, nosso coração aberto, nossa acolhida e cuidado amoroso... Ora, se não nos livrarmos do manto, tornar-se-á difícil realizar gestos ousados, criativos... Sempre teremos “pés” para lavar, mãos estendidas para acolher, irmãos que nos esperam, situações delicadas a serem enfrentadas com coragem... A mesa da vida aponta para a direção da gratuidade, da alegria, do convívio, do amor e da comunhão. É preciso “sentar à mesa” para renovarmos as forças e redobrarmos a coragem de nos levantar e, na humildade, sem manto, servir com amor, do jeito de Jesus.


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