ALGODÃO DOCE
O eco que chega aos paroquianos de nosso santuário mariano missionário.
Na periferia da cidade de Abaetetuba (100mil habitantes) há um bairro periférico chamado Algodoal (20mil habitantes). O nome deve-se à tentativa de uma família cultivar algodão (nos anos 80, nem deu certo). O nome ficou e a paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - confiada aos Xaverianos - é responsável da evangelização-e-pastoreio do Bairro do Algodoal. Cada pároco deve esmerar-se no seu apostolado e eu, pessoalmente já consegui muita coisa, missionariamente falando, com a imprensa. Já dirigi na Itália a Revista CEM-Modialità e no Brasil o Jornal Kosmos. Achei por bem dar vida a um jornalzinho mais modesto e, espontaneamente, veio à minha mente o nome “algodão doce” que as crianças gostam muito. Alguém poderia objetar que hoje vale mais a TV, rádio o WhatsApp e as redes sociais...
Sem dúvida. De fato, a paróquia está trabalhando com eles também. Mas um jornalzinho semanal, em cores, tem seu fascínio, por ser local, com notícias locais e datas das comunidades da paróquia... E é conscientizador. De fato, nos anos 80 - talvez os mais positivos para a democracia brasileira -, a chamada “imprensa nanica” teve um papel importantíssimo, sendo a mais sensível, critica e construtiva.
Alguma curiosidade: *A impressão do jornalzinho é “caseira”, ocupa um PC e uma impressora EPSON (atualmente do Padre). *O número de exemplares impressos é 200, distribuídos gratuitamente nas missas de sábado-domingo. *A despesa semanal é baixa, inferior aos R$40,00. *Quando precisar de mais cópias, a gente recorre a uma pequena tipografia amiga do lugar que imprime o jornalzinho a 0,20 reais cada exemplar. *Tem a previsão de aumentar os exemplares e passar a distribuir no comércio do Bairro. *Os padres e os leigos de outras paróquias mostraram interesse pela iniciativa e pedem informações para fazer algo parecido. *Uns anos atrás tentamos produzir o “Algodão doce” numa folha A3, em tipografia, mas a coisa não vingou, pois o trabalho dobraria e a despesa triplicaria.
Por: Pe. Arnaldo devidi, sx