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Notícias da missão que nos edificam


No dia 3 de dezembro celebramos a festa de São Francisco Xavier, de quem tiramos nosso nome e inspiração (RF2). Este ano, a festa chega em um momento em que estamos em plena preparação para o XVIII Capítulo Geral. Sendo assim, me perguntei o que nosso grande santo padroeiro (LT8) poderia nos inspirar sobre o amor à nossa vocação xaveriana. Para o fazer, comecei a ler sua primeira carta escrita durante sua viagem de Portugal à Índia (1542-1544). Ele a redigiu já estando em Goa, em 20 de setembro de 1542, e o enviou  “aos seus companheiros residentes em Roma".

Nesta carta, ele relata uma de suas experiências missionárias durante a viagem dizendo: "No tempo que navegamos, não faltaram na nau confissões: assim dos que vinham enfermos, como dos sãos. Aos domingos, pregava. Louvado seja Deus Nosso Senhor, pois foi servido fazer-me tanta mercê que, navegando pelo senhorio dos peixes, achasse a quem sua palavra manifestasse, e o sacramento da confissão – pelo mar não menos necessário que na terra – administrasse.”

Relatar a experiência missionária não é uma exceção nas correspondências de São Francisco Xavier. Em todas as suas 137 cartas, ele sempre falava de sua missão: suas atividades apostólicas, suas relações com o povo, com as autoridades, e dos costumes dos lugares onde estava... Ele o fez em resposta ao pedido de Santo Inácio de Loyola feito a ele e a seu confrade Simão Rodríguez, quando deixavam Roma, para que enviassem, com frequência, relatórios (cartas),  para a "edificação" da Companhia, dos benfeitores, amigos e autoridades[1].

No trecho citado, São Francisco Xavier fala de suas atividades: confessar, pregar, expor os mistérios divinos, conhecer pessoas... Ele se alegra de ter feito o que muitos de nós fazemos. Nada de extraordinário, apenas o trabalho de um missionário. É aqui que vejo no nosso santo padroeiro um modelo: regozijar-se com o que fazemos e comunicar esta alegria aos nossos confrades, amigos e conhecidos para edificá-los.

Como São Francisco Xavier, quotidianamente, fazemos muitas coisas belas em nosso ministério pastoral. Mas, mais do que ele, temos hoje meios de comunicação muito eficazes. Graças a eles, nossas notícias de missão podem alcançar rapidamente um público mais amplo através de um simples e-mail, um tweet, um post ou uma foto no Facebook, Whatsapp, Tik-Tok... Ao contrário do que se possa pensar, este não é um simples exercício para “exibir” nossas atividades missionárias ou uma autoglorificação de tipo “selfie”. É um verdadeiro gesto de reconhecimento de nossa identidade como missionários. Hoje, isto está acontecendo em todos os campos profissionais. Por exemplo, um jogador de futebol fala sobre atividades esportivas, um banqueiro sobre atividades financeiras, um médico sobre a saúde dos doentes... Todos falam de sua profissão porque é sua paixão e sua especialidade. É aqui que ele encontra sua alegria e felicidade. É aí que você é "realizado". Caso contrário, você está no lugar errado e a vida se torna amarga.

E quanto a nós? Sobre o que conversamos? O que comunicamos? Nossas atividades missionárias, mais alguma coisa? Boas ou más notícias? Fofocas? Há certamente experiências negativas, más notícias, coisas que não estão indo bem em nossas missões. Também no tempo de São Francisco Xavier, certamente, não faltavam dificuldades e experiências negativas. De fato, Santo Inácio de Loyola lhe pediu para “deixar de lado" as más notícias e experiências negativas[2]. Pois elas não nos ajudam a seguir em frente. Elas desencorajam. Acredito que esta sabedoria pode servir também a nós.

Como Xaverianos, há muitas coisas belas que realizamos em nossos diferentes apostolados. Compartilhando-as, nós nos construímos mutuamente. Ainda precisamos aprender a reconhecê-las, a maravilhar-nos com elas e a agradecer ao Senhor pelo que Ele realiza através de nós, pecadores como somos. Nesta festa de nosso Santo Padroeiro, oremos para que, por sua intercessão, o Senhor Jesus Cristo nos permita crescer no amor por nossa vocação xaveriana, alegrar-nos nela e edificar-nos mutuamente, como nas primeiras comunidades cristãs, que, ao partilharem notícias, se alegravam, se consolavam e se fortalecevam mutuamente (Atos 15, 32-33). 

Pe. Louis Birabaluge, sx
Roma 30 novembro 2022

[1] JOHANNES EHRAT SJ, “St. Francis Xavier, a Pioneer in Communication”, in Studia Missionalia, Vol. 54/2005, St. Francis Xavier and following of his mission, p. 216.


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