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Teologia

O Divino Espírito Santo!


Grande é a festa de pentecostes! Mistério maior de nossa fé! A nossa inteligência sente-se pequenina diante desse abismo, porque, quando pensamos Deus, não conseguimos imaginar nada além de um ser perdido, distante, longe de nós.

Olhando um pouco a história da cultura, dos povos antigos, do próprio povo de Israel, perceberemos que eles tinham muito medo de Deus e, justamente por imaginá-lo tão distante, o associavam a terremotos, raios e catástrofes. Homens e mulheres temeram a Deus durante milênios e milênios, até que Ele resolveu realmente se manifestar.

Leonardo Boff afirma: “no princípio está a comunhão dos três e não a solidão do um”. O próprio Deus não é solidão, não é alguém fechado em si mesmo. Nós sofremos tanto quando ficamos parados, sozinhos, quando encontramos todas as portas fechadas.

Saibam que todos os suicidas – e, infelizmente, são muitos, principalmente adolescentes – experimentaram a terrível solidão e não a suportaram. No princípio, está aquele do qual tudo vem e para o qual tudo caminha, a quem chamamos de Pai. É um Pai que se desdobra, se derrama para fora de si, e nos mandou o Filho, a quem amava desde sempre. Não de um amor como o nosso, que hoje está bem, amanhã não está mais, um amor que se quebra. O amor divino é imenso e infinito, tão grande que é uma pessoa, a quem chamamos de Espírito Santo.

Deus não pode ser solidão e isolamento, não pode ser aquele instante em que não conseguimos ver nada, nenhum amor e nenhuma luz. Ele é luz, é comunhão, é amor, é presença. Mas como podemos experimentar isso, se tudo o que acontece à nossa volta nos leva a desacreditar, se o máximo que conseguimos imaginar é que Deus é uma projeção nossa, algo que criamos à nossa imagem e semelhança para preencher os nossos vazios?

O Deus, que vive desde toda a eternidade, quis ensinar que coisa é o amor, logo a nós, que pensamos saber amar, repetindo “eu te amo” mecânica e incoerentemente, vivendo rodeados de tantas ilusões e mentiras. Quantas vezes jogamos com os verbos, contradizendo-nos por não sermos capazes de amar?!  

Para nos ensinar o verdadeiro amor, Deus mandou seu Filho, que nos amou a ponto de se deixar crucificar, perdoando até mesmo seus próprios inimigos, seus algozes. Ele mostra amor a quem o odeia, a quem o mata, a quem zomba dele. O Filho ocupa grande parte de nossas liturgias, desde o advento, passando pela sua vida entre nós, os milagres, sua paixão, morte e ressurreição, depois as aparições. Mas Ele foi embora e nos deixou desarmados. Disse que continuaria entre nós de uma forma tão misteriosa, tão difícil de se acreditar: um pouco de vinho, um pedaço de pão.

Por que não aparece de vez em quando como um batman voando pelos ares? Por que se esconder tanto numa hostiazinha? É demais para nós, que tanto estudamos filosofia, conhecemos Platão, Aristóteles e tantos outros grandes filósofos! Realmente, Ele brincou com a nossa inteligência, está zombando de nós. Assim pensaram e pensam tantos eruditos, que nos olham e zombam até com certa compaixão. Quantos jovens, que um dia estiveram aqui e, depois de entrarem numa universidade, cheios de si, apenas numa primeira aula deixam de lado sua fé?!

Jesus resolve nos mandar um Deus que não conseguiremos expulsar de dentro de nós, porque estará sempre no mais profundo de nosso ser. Esse Deus chama-se Espírito Santo, e só Ele poderá nos ajudar, pois o Filho partiu, o Pai permaneceu no mistério fechado da eternidade. Vem o Espírito Santo, aquele que desde toda a eternidade uniu o Pai ao Filho. Ele vem habitar dentro de cada um de nós, começando das crianças, quando o recebem no batismo.

 A criança é o primeiro templo do Espírito Santo. Mas Ele entra também em corações destroçados, corroídos pelo pecado, pelas angústias, pelas dúvidas, sem deixar ninguém de fora. O sopro de Jesus atravessa dois mil anos. Ele nunca se cansa de nossas rabugices. Fica firme até mesmo para quem o rejeita. Enquanto houver história, enquanto houver vida, Deus estará presente no nosso meio, ainda que os padres se cansem, que as catequistas se impacientem. Ele continuará falando nos acontecimentos bons ou ruins, quer entendamos ou não, tentando nos convencer que o amor de Deus está presente em nós.

Ele se manifesta quando menos esperamos, quando estamos distraídos, e alguma coisa nos toca. Ele abre o nosso coração para as grandes janelas do bem, da verdade, da beleza, do sentido da vida e principalmente do amor. Em algumas pessoas abre mais a janela da verdade. São aqueles que se interessam pelos estudos. Para outros, que se preocupam com os outros, abre mais a janela do bem. Há aqueles que gostam de arte, música, pintura porque se abriu mais a janela da beleza.

A janela do sentido deve ser aberta por todos nós. Para que vivemos, por que vivemos, o que viemos fazer aqui na Terra? São perguntas que nos fazemos desde sempre. O Espírito Santo nos responde que viemos de Deus, estamos em Deus e voltamos para Deus. Para isso, Ele escancara a gigantesca janela do amor, pedindo que nos amemos uns aos outros como somos amados por Deus.

Ele nos acorda para o amor, desperta em nós a capacidade de amar, não com os nossos amores de novela, mas com um amor sólido, firme e sério que atravessa toda a história até nos encontrarmos com a eternidade de Deus. Amém.

João Batista Libânio


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