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Teologia

Missionários Xaverianos no Marrocos, criar pontes de Fraternidade


Os missionários xaverianos abraçam o lema do nosso fundador que diz: "Fazer do mundo uma única família". Nesta família, todos têm seu lugar, sem distinção de etnias, culturas, sensibilidades, situações sociais, etc. Compartilhamos a dignidade humana. Com esta visão, nos sentimos como pontes de fraternidade, artífices de laços fraternos. Nisso, o Papa Francisco nos motiva, conforme afirmado em Fratelli Tutti:

"O isolamento e o fechamento em nós mesmos ou nos próprios interesses nunca serão o caminho para voltar a dar esperança e realizar uma renovação, mas é a proximidade, a cultura do encontro. O isolamento, não; a proximidade, sim. Cultura do confronto, não; cultura do encontro, sim”.

Naturalmente, os missionários xaverianos acreditam que abrir-se para o mundo de outra religião aprofunda essa dinâmica de fraternidade; sendo cristãos, estar com pessoas de uma outra fé é um testemunho vivo e expressão de uma religiosidade aberta e capaz de convivência e fraternidade. Portanto, nossa presença no Marrocos nos permite empreender humildemente esse caminho.

Pontes Inter-religiosas

O famoso termo "diálogo inter-religioso" hoje implica passar do discurso de professores ou palestrantes para uma prática experiencial. Sem protagonismo, os missionários xaverianos no Marrocos respondem ao ideal de ser uma ponte entre o Ocidente e o mundo muçulmano. Isso implica facilitar encontros fraternos entre cristãos e muçulmanos, entre europeus e africanos, entre fé (cristã e muçulmana) e culturas diversas, entre cristãos e outras crenças. De fato, como afirmou o rei do Marrocos, Mohammed VI, em seu discurso de boas-vindas ao Papa Francisco em 2019:

"O diálogo entre as religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) é manifestamente insuficiente na realidade atual. No momento em que os paradigmas se transformam, em todos os lugares e em todos os aspectos, o diálogo inter-religioso deve crescer." Para o rei, "as três religiões abraâmicas não existem para se tolerarem, por resignação fatalista ou simples aceitação altruística. Existem para se abrirem uma à outra e se conhecerem, em uma corajosa competição fazendo o bem mutuamente".

Naturalmente, o testemunho vivo nos convida a considerar o diálogo inter-religioso como uma missão. Não somos sacerdotes ou missionários apenas para os cristãos ("Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque", diz a Bíblia, e Melquisedeque não está confinado). De fato, a Bíblia nos diz: "Vocês receberão poder para serem minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, em Samaria e até os confins da terra" (At 1,8). Expressamos esse diálogo no Marrocos de várias maneiras.

Pontes de Fraternidade Espiritual e Respeito

O que os missionários xaverianos fazem concretamente no Marrocos? Por que "perdem" tempo lá quando há cristãos que precisam deles em outras terras? São perguntas que frequentemente surgem para aqueles que nos conhecem de longe. Os missionários xaverianos vivem em Fnideq, Castillejos, do outro lado da cidade de Ceuta, na arquidiocese de Tânger, no norte do Marrocos. Em Fnideq, uma cidade de cerca de 80.000 habitantes, os únicos cristãos que vivem lá somos nós, missionários xaverianos, e naturalmente, vivemos completamente imersos na realidade de nossos irmãos muçulmanos. A comunidade cristã, com cerca de uma dúzia de pessoas, se reúne aos domingos em M'diq, a cerca de 20 quilômetros. Em Fnideq, nos sentimos bem recebidos e em família.

As pequenos pontes que estamos construindo podem ser:

  1. A oração

Quando os irmãos muçulmanos percebem que os cristãos (representados por nós, missionários xaverianos) estão rezando, isso os impacta positivamente. E também, quando o muezim chama para a oração muçulmana, nós sentimos o convite para rezar, para nos entregar a Deus, para sempre lembrar de Deus. Naturalmente, há como uma sinfonia espiritual, mas com diversidade de culto e crença. Oramos por eles, os assistimos na medida do possível, pois somos enviados a eles para testemunhar a fraternidade.

  1. Encontros do Coração

Existem momentos pontuais de convivência em que construímos pontes. Celebramos com nossos irmãos muçulmanos o Dia Internacional da Fraternidade Humana instituído pelo Papa Francisco. Celebramos o Dia Internacional da Convivência em Paz promovido pelo Cheikh Khaled Bentounes, um muçulmano; celebramos em 3 de dezembro São Francisco Xavier, padroeiro das missões e nosso santo padroeiro, modelo de abertura a diferentes culturas; temos um centro sociocultural onde o diálogo da vida com obras concretas se torna visível, etc. As atividades ou iniciativas ao longo do ano são diversas e as devemos a Deus.

  1. É mais atraente o “Ser” que o “Fazer”

Nossa presença é testemunho e não uma pura ação social humanitária. É uma presença de encontro, de amor e de estar presente sem a pressão de fazer por fazer. Acreditamos que essa atitude também é evangélica e temos como imagem Maria quando visitou sua prima Isabel. O texto não menciona o presente que ela trouxe nem as atividades que fez, mas menciona a alegria do encontro, a alegria de estar juntas. Assim, testemunhamos que é possível viver juntos, nos entregando totalmente, os cristãos aos muçulmanos e vice-versa. O mundo atual precisa desse tipo de testemunho. Quando um irmão muçulmano se sacrifica por mim, reza por mim e me pede para rezar por ele, pede-me para testemunhar minha fé diante dos seus sem pretensão de proselitismo, mas com respeito à crença, é sinal de que o Reino de Deus chegou até os confins da terra. Com nossa presença, caem os preconceitos negativos que os cristãos têm em relação aos muçulmanos e vice-versa.

  1. Ponte entre o Ocidente e o Mundo Muçulmano

Temos o costume, há alguns anos, de viver a Semana Santa com jovens europeus que vêm para nossa comunidade no Marrocos para celebrar esses dias tão importantes para nós cristãos. São também momentos de encontro espiritual e fraterno com um grupo de muçulmanos sufis e outros amigos. Essas experiências vividas conosco, missionários xaverianos no Marrocos, permitem a esses jovens compreender o mundo muçulmano de uma maneira diferente, e também os ajudam a descobrir sua identidade cristã de outra forma, com mais fervor, se possível.

Há alguns anos, estamos organizando campos de trabalho de verão, com os quais queremos promover uma cultura de fraternidade, diálogo inter-religioso e intercultural de maneira clara.

Assim, com simplicidade, buscamos tornar presente o Reino de Deus no Marrocos.

Pe François Saleh, SX


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