Antes do Concílio Vaticano II a animação vocacional estava reduzida apenas na busca de vocações sacerdotais e relgiosas, encarregando a um padre ou a uma irmã esta tarefa. Tudo girava em torno da figura do padre e da freira. Após o concílio, com a redescoberta da Igreja Povo de Deus, o significado da vocação foi entenda de outra maneira. Começou a consciência vocacional como cultura.
Na maioria das paróquias o tema da vocação está restrito alguns poucos eventos. Porém para desenvolver a “Cultura Vocacional” temos que trabalhar a atividade vocacional permanente. Portanto, uma paróquia com a “Cultura Vocacional”, as pessoas têm o prazer de participar na alegria e colaborar com entusiasmo, nos vários serviços e ministérios. A pastoral vocacional age por convicção e fé de que foi chamada para o serviço do Reino. Uma pastoral, ou movimento eclesial, que tem a consciência vocacional do chamado gera testemunho de vida, amplia a ação pastoral, atrai e cultiva as vocações específicas ministeriais, missionárias, sacerdotais e da vida religiosa.
A animação vocacional na paróquia supõe, uma conscientização de todos os agentes, as pastorais e os movimentos trabalhando em direção para a “Cultura Vocacional”, a qual pode colocar todas nossas atividades no paradigma vocacional e missionária. Se as paróquias investem terão os frutos, isto é, adolescentes e jovens que optam pela orientação vocacional e são acompanhados, talvez alguns poderão ingressar nos seminários e nas casas religiosas, outros vão procurar a vocação do matrimônio, permanecendo engajados na comunidade e na paróquia.
Para alcançar uma “Cultura Vocacional”, é necessário formar equipes vocacionais de leigos nas paróquias que incentivem a vocação e desenvolvam os trabalhos da animação vocacional e missionária de maneira paradigmática, isto é, colocando todas as pastorais e movimentos em chave vocacional e missionária. Também com uma atitude programática, isto é, organizando atividades vocacionais, como semanas, gincanas, retiros e formações vocacionais.
Enfim, somos chamados a incentivar a “Cultura Vocacional” começando no ambiente familiar e continuando na comunidade cristã, com o itinerário vocacional: despertar, discernir, cultivar e acompanhar, pois todo cristão é um animador vocacional, de acordo com as próprias possibilidades e realidade que vive.
Rafael Lopez Villasenor, sx.