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Visita do Papa Francisco à República Democrática do Congo (RDC) e à República do Sudão do Sul


O Papa Francisco visita a República Democrática do Congo (RDC) e a República do Sudão do Sul, é a sua quarta visita ao Continente Africano. Em 2015 visitou o Quênia, a Uganda e a República Centro-Africana; o Egito, em 2017; e em 2019, Marrocos, Moçambique, Madagascar e Ilhas Maurícias.

minas de ColtanA República Democrática do Congo é um país precioso para os Missionários Xaverianos. Chegamos em 1958. Hoje em dia são mais de 50 xaverianos de diversas nacionalidades trabalhando em paróquias, centros de animação missionária e comunidades de formação dos futuros missionários, nas Dioceses de Bukavo, Gotna, Uvira, Kasongo e Kinshasa. Atualmente temos 42 sacerdotes xaverianos congoleses espalhados pelo mundo e 60 jovens congoleses que se preparam para a missão. Com certeza o martírio dos xaverianos Luigi Carrara, Vittorio Faccin e Giovanni Didoné, assassinados em 1964, representa o amor, a dedicação, a fé e o zelo missionário dos inúmeros xaverianos que de uma forma ou de outra participaram da bonita história dos mais de 64 anos de missão xaveriana na República Democrática do Congo.

O Congo é um grande país cristão. No final de 2021 a população católica era um pouco mais de 52 milhões de batizados (49,6% dos habitantes do país), organizados em 48 dioceses, 1637 paróquias, 18671 estabelecimentos escolares e mais de 3000 centros de caridade. Em todos estes lugares trabalham 72 bispos, mais de 6 mil sacerdotes, 12 mil religiosos e consagrados, mais de 200 missionários leigos e 76 mil catequistas. Mas não são só estes números que fazem da Igreja congolesa uma Igreja grande e importante, mas também porque é a terra dos bem-aventurados Isidore Bakanja (jovem mártir catequista, assassinado em 1909 e beatifiKinshasacado em 1994) e Marie-Clementine Anuarite (religiosa e mártir, assassinada em 1964 e beatificada em 1985). É terra de grandes bispos profetas como Dom Christophe Munzihirwa (assassinado em 1996) e dos cardeais Malula e Monsengwo. Berço de grandes teólogos, pioneiros da teologia africana, padre Vincent Mulago, padre Ngindu Mushete, Dom Tharcisse Tshibangu e tantos outros.

Um país riquíssimo. O segundo maior país do continente africano (para se ter uma ideia é grande como os estados do Amazonas, Minas Gerais e Roraima juntos), tem uma diversidade de flora e fauna incalculável. O solo congolês é repleto de minérios e pedras preciosas, sozinho possui 60% das reservas mundiais de cobalto e 80% do COLTAN encontrado no mundo, toda essa riqueza, infelizmente se tornou fonte de sofrimento e instabilidade política no país. O coltan, também conhecido como “ouro azul” é na realidade a mistura de columbite e tantalita, descoberto há uns 20 anos, transformou o mundo da indústria, principalmente no desenvolvimento de baterias menores e mais duráveis, otimizando o consumo de energia em toda a tecnologia de última geração. Não existe um eletrodoméstico, um telefone, um computador que não tenha coltan na sua fabricação. Lamentavelmente, os benefícios do raro e cobiçado minério não incidiram sobre a população congolesa, pelo contrário, na maioria dos casos as minas funcionam em condições sub-humanas de trabalho, empregando mulheres e crianças. Muitas destas minas são ilegais e comandadas por milícias, e quando são “supostamente” legais, são financiadas por grandes multinacionais que extorquem o povo congolês com contratos injustos e ludibriantes.

Kinshasa2Com o lema: “todos reconciliados em Jesus Cristo”, a visita do Santo Padre ao Congo é um convite para colocar a fraternidade como valor alto e como caminho de reconstrução da humanidade. O amor supera toda divisão, pois não existe riqueza maior que a vida do irmão. A paz, tão almejada, não só em terras congolesas, mas no mundo todo, só poderá acontecer quando a vida for colocada no alto da pirâmide dos interesses e o bem comum for o objetivo dos poderes políticos e das forças econômicas. O papa com sua proximidade de Pastor, encoraja a Igreja do Congo a continuar sendo sentinela de um novo amanhã, portadora do Evangelho da vida, que seguindo os passos de Jesus anuncia e vive continuamente o mandamento do amor.

A capital da RDC, Kinshasa, com seus 16 milhões de habitantes já está pronta para acolher o Papa Francisco, que certamente voltará à Roma consolado por ter encontrado uma Igreja jovem, feliz e corajosa. A energia do povo congolês, sua beleza, sua fé, sua música e sua inteligência será um bálsamo para o Santo Padre e com ele para toda a Igreja que se redescobre nesta peregrinação sempre mais discípula-missionária de Jesus Cristo.

tanga

Adriano Cunha Lima, sx


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