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Cento e cinquenta anos do nascimento de São Guido


Sessenta e seis anos e seis meses de vida, cento e cinquenta anos de vida verdadeira, a vida eterna. São Guido Maria Conforti recebeu a vida corporal no dia 30 de março de 1865.

No mesmo dia foi levado à igreja para ser batizado, ou seja, para receber a verdadeira vida: «Eu garanto a você: ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nasce da água e do Espírito. Quem nasce da carne é carne, quem nasce do Espírito é espírito... Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.» (Jo 3,5-6.15).

Naquele 30 de março iniciou, sim, a vida que nasce dos pais, mas também naquele mesmo dia nasceu nele a vida que é dom do Espírito. E João testemunhou: «Eu vi o Espírito descer do céu, como uma pomba, e pousar sobre ele... Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e pousar, esse é quem batiza com o Espírito Santo... Ele é o Filho de Deus» (Jo 1,32-34). Sobre o recém-nascido Guido abriram-se os céus e o Pai disse: este é meu filho.

Celebrar os 150 anos do nascimento de uma pessoa, é lembrar um acontecimento que passou na história, é celebrar uma vida que teve sua conclusão em poucos anos. A não ser que estes poucas anos ficassem fortemente marcados, iluminados por outra vida aquela que continua sem nunca se apagar, até hoje. Jesus respondeu à Mulher da Samaria: «Quem bebe desta água vai ter sede de novo. Mas aquele que beber a água que eu vou dar, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe darei, vai se tornar dentro dele uma fonte de água que jorra para a vida eterna.»

E aos discípulos: «Vocês não dizem que faltam quatro meses para a colheita? Pois eu digo a vocês: ergam os olhos e olhem os campos: já estão dourados para a colheita. Aquele que colhe, recebe desde já o salário, e recolhe fruto para a vida eterna; desse modo, aquele que semeia se alegra junto com aquele que colhe» (Jo 4,14. 35-36).

Esta é a vida que nós queremos celebrar: a vida eterna que é fonte de água viva, colheita que enche de alegria.

Celebramos a memória dos sessenta e seis anos de São Guido, mas por serem vividos à luz dessa outra vida. São Guido Maria deu à sua vida mortal a força e o dinamismo, a criatividade e a profecia, o dom de si e o amor da vida imortal. Esta é a vida verdadeira que continua até hoje. O batizado carrega em si a vida eterna. Lembramos agradecendo a Deus a vida nascida da carne e do sangue, da vontade do homem, mas sabemos - pela nossa fé - que quando esta não resiste à usura do tempo e vem a óbito, a vida de Deus continua... É eterna. Sessenta e seis anos e seis meses de vida terrena, de vida que irremediavelmente morre, mas esta vida mortal toma sentido e torna-se significativa para si, para Igreja e para a sociedade quando vivida à luz e pela força do Espírito santo que abita nela.

São Guido Maria, quando bispo dirá: «Pela força daquele Espírito Divino que, em todas as contingências da vida atual, em todos os estados, em todas as condições, no deserto e no claustro, no trono e junto ao altar, no anonimato do lar doméstico bem como na agitação da vida pública, (Deus) elevou uma incontável lista de grandes almas, aos mais altos cumes da perfeição cristã».

Grande alma, Conforti foi pronto à escuta do Espírito que desde pequeno, pelo ícone do Crucificado, lhe falava “muitas coisas”.

Foi a força do Espírito que lhe deu coragem de resistir ao pai, Rinaldo, e entrar no seminário apesar da contrariedade dele. Pela força do Espírito conseguiu ficar firme apesar da doença em sua vocação sacerdotal e logo depois, sacerdote, em seu chamado a ser fundador. Bem rezam as constituições xaverianas: «O Espírito do Senhor, que anima a Igreja e renova continuamente nela a consciência de sua missão no mundo, inspirou o Bispo Dom Guido M. Conforti, a doar-se pela evangelização dos não-cristãos e a reunir numa comunidade missionária homens chamados a consagrar a Deus a sua vida pelo mesmo ideal»

Isso mesmo. Era a vida verdadeira, a vida do e no Espírito que o nosso Santo chamava “vida de fé”, a inspirar-lhe a realização de um projeto impossível pelas forças da carne e do sangue... Nada é impossível a Deus! Nada é impossível a quem tem a força do Espírito e vive da vida verdadeira, nos imensos horizontes da fé, quem vive a “formosa aventura da fé”.

À luz da fé se explica a coragem de renunciar à cátedra episcopal de uma cidade (Ravenna) cujo bispo tradicionalmente se tornava cardeal e pela mesma fé e obediência aceitou de retomar o caminho pastoral assumindo o compromisso de ser bispo da diocese de Parma.

Sua vida em aparência simples e sem fatos extraordinários se tornou extraordinariamente significativa pela coerência à vida de filho de Deus recebida no batismo. Neste ano podemos e devemos celebrar seu nascimento, mas, sobretudo celebrar a vida que continua até hoje e para sempre na dança de amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Esta é a vida imortal que deu vida à vida mortal.

Repetia e vivia no dia a dia, o nosso santo: «O homem, esse rei da criação, porém, está orientado para outros destinos bem diferentes, não atingíveis aqui, mas que são aqui preparados, e alcançados em uma vida futura. Existe outro mundo, cuja existência o homem entrevê e a cujo limiar chega, graças à sua razão, mas não pode entrar, porque o sol que ilumina esse mundo é muito forte, muito poderoso, e ele não pode suportar tamanho esplendor. Eis ainda outra pupila que nos é emprestada, a pupila da fé. Graças a ela, ultrapassamos os limiares do mundo sobrenatural para contemplarmos, por tudo quanto nos permita nossa fraqueza, a Deus, aos seus atributos, às relações que Ele mantém conosco. É isto que é a fé sobrenatural».

A vida de glória que são Guido Maria Conforti preparou a partir de 30 de março de 1865, a vida cujo esplendor é insuportável neste mundo, mas que se manifestou para ele no “outro mundo”, então já presente mas que agora está vivendo e contemplando desde o dia de seu nascimento ao céu, cinco de novembro de 1931.

Neste dia disse: «Vou encontrar e ver o meu Salvador».

Pe. Alfiero Ceresoli s.x.


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