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Teologia

Natal: em Jesus, Deus se humanizou


Como recuperar, na festa do Natal, a densidade humana perdida? - Natal é data celebrativa que nos fala do essencial: um Deus que se faz carne, o divino que se faz humano; o eterno que se estremece diante do,que é terno; o infinito que abraça amorosamente a fragilidade.

Viver este mistério é viver em Deus, compreender até onde chega a loucura de amor de um Deus que se humaniza para que nos humanizemos. “A humanidade de Cristo é a humanidade vivida à maneira de Deus, ou melhor, vivida por Deus”.

No nascimento de Jesus aconteceu algo desconcertante. João expressa isso em termos muito claros: “a Palavra de Deus se fez carne”. Deus não ficou em silêncio para sempre; Ele quis se comunicar conosco, não através de revelações ou aparições, mas se encarnando na humanidade de Jesus. Não se “revestiu” de carne, não tomou a “aparência” de um ser humano. Deus se fez realmente carne fraca, frágil e vulnerável como a nossa. Em Jesus, Deus se humanizou.

A contemplação do Menino na gruta revela que Deus assumiu a aventura humana desde seu começo até seu limite (vida, amor e morte). Deus se fez “tecido humano”, revestiu o ser humano de sua própria glória, plenificou-o de sentido e de finalidade. Ao se humanizar, Deus não mutilou o ser humano, mas o divinizou. Nossa humanidade foi divinizada pela “descida” de Deus que, “(…) De rico que era, tornou-se pobre por causa de vós para que vos torneis ricos, por sua pobreza” (2Cor 8,9).

No Natal celebramos precisamente que Deus se fez “pele”, Deus se deixou impactar por tudo aquilo que o rodeava.

Tudo isso é Deus em nossa carne quente e mortal. Um Deus que “adentrou” na humanidade e de onde nunca mais saiu; um Deus que agora pode ser buscado em nossa interioridade e em tudo o que é humano. Na pobreza, na humildade da própria história pessoal, inserida na grande história da humanidade, torna-se possível acolher o dom do amor de Deus visível na criança de Belém.

Diante dela brotará em nós um desejo profundo de sermos mais humanos, de sermos aquilo que já somos no rosto aberto daquele Menino; ao mesmo tempo, brotará um desejo de venerar cada ser humano, de contemplá-lo em seu interior, esse lugar ainda não profanado em cada pessoa, o lugar de sua infância e de sua paz.

A partir da encarnação e nascimento de Jesus, já não cremos em um Deus isolado e inacessível, fechado em seu mistério impenetrável, mas podemos encontrá-lo em um ser humano como nós. Para nos relacionar com Ele não precisamos sair de nosso mundo, não precisamos buscá-lo fora de nossa vida, pois O encontramos feito carne em Jesus. Isto nos faz viver a relação com Ele com uma profundidade única e inconfundível. Jesus é para nós o rosto humano de Deus.

Na encarnação e nascimento de Jesus esvaziou-se o céu.

Deus abandonou o trono altíssimo, exilou-se nas entranhas profundas da humanidade e assumiu tudo o que é radicalmente humano.

Para além de uma data litúrgica, com o Natal comemora-se um acontecimento: em Jesus, Deus se faz um de nós, conosco e em nós. Em outras palavras, Deus se fez condição humana para reconstruir o ser humano “à sua imagem e semelhança”, para “humanizar a humanidade”.

Um Deus humano que humaniza. Em Jesus se fez evidente que o ser humano não é só o lugar em que Deus se manifestou, mas que pode constituir um modo de ser do mesmo Deus.

De fato, o que há de verdade nos Evangelhos da infância é que o “divino” (ou seja, Deus) se deu a conhecer, fez-se presente e se manifestou no “humano”. E precisamente no mais humano: uma criança, de condição humilde e em circunstâncias de pobreza, desamparo e perseguição.

O “divino” não se fez presente no portentoso, no milagroso, no assustador, como aconteceu com Moisés na sarça ardente ou no monte Sinai. O “divino” se fez presente em um recém-nascido, em um estábulo, entre palhas e animais. E foi anunciado aos pastores, um dos ofícios marginalizados daquele tempo. Ameaçado de morte, o “divino” teve que se fazer emigrante. Porque o “divino” que se faz presente no “humano” não tem “títulos”. Portanto, no Natal, o “divino” se faz presente, comunica-se, entrega-se, em algo tão humano, tão fraco, tão entranhável que se encontra “um recém-nascido, envolto em faixas e deitado em uma manjedoura” (Lc 2,12).

A “mensagem religiosa” dos Evangelhos da infância é teimosamente clara e provocadora. É a mensagem que nos diz isto: o “divino” se revela e se desvela no “humano”, no mais humano, ou seja, no fraco, no marginalizado, no excluído e no perseguido. Em Jesus, interagem, harmoniosamente, o humilde e o sublime, o divino e o humano; nele o humano é entrada para o divino, o celeste se manifesta no terrestre, um contendo, reconhecendo e beneficiando o outro. O finito e o infinito, o criado e o incriado, o céu e a terra, Deus e ser humano já não podem ficar separados.

Sua maneira de viver a condição humana nos revela Deus e valoriza a humanidade com toda a criação.

Pe. Adroaldo Palaoro, SJ.


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