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"Os dias de David se aproximaram da MORTE."


"Os dias de David se aproximaram da MORTE." (1Rs 2,1) o texto me levou de volta a 2008, quando eu estava saindo de Bangladesh para começar meu compromisso aqui na Casa Mãe no quarto andar. A morte de David nos lembra a Morte com M maiúsculo: um tema quente, matizado pelas últimas linhas da leitura: David adormeceu com seus pais.

Pouco antes de voltar de Bangladesh, fiquei imaginando o que os irmãos doentes e idosos que encontraria no quarto andar pensariam sobre a morte. Um apartamento que tinha a fama de ser "a porta do Paraíso".

Era uma época em que, segundo o chamado pensamento moderno, mal se podia falar da morte, mais ainda, não se devia falar dela, era preciso mantê-la longe da mente, do coração, do pensamento... A morte é assustadora. Desta forma, gostaria de bani-lo para o esquecimento.

E, no entanto, quando um dia com Pe. Pellerzi pronunciei a palavra 'morte' em voz baixa, ele me agradeceu por fazê-lo. Por isso não me surpreendi quando, numa manhã de janeiro de 2009, na Capela dos Mártires, depois do verso introdutório da oração das Laudes, ele desabou numa cadeira "carinhosamente abraçada pela morte", para surpresa, descrença e, diria até, a inveja dos irmãos presentes. Oh Deus, venha me salvar. Senhor, vem depressa em meu socorro... foi assim que eu mal tinha orado. E seu Senhor veio.

 “Eles, os apóstolos, começaram a proclamar que o povo deveria se converter; Eles expulsaram demônios, ungiram muitos doentes com óleo e os curaram” (Mc 6, 12-12). Converter, “para” ou “de quê”? Li há muito tempo que não há cura sem conversão. Seria essa a conversão anunciada pelos apóstolos? Não saberia se, como médico, meu trabalho foi pautado por esse sabor evangélico; Eu tinha lido tantas vezes no Evangelho de Cristo percorrendo as estradas da Galileia, anunciando o Reino de Deus... com suas palavras de consolação, promessa, esperança e com suas obras, especialmente com a cura dos enfermos.

A pergunta surge espontaneamente: como tem sido e como é nossa missão hoje? Como anunciamos o Reino de Deus? Muitas vezes pensamos que somos os salvadores da pátria... pensamos que temos a palavra mágica, as intervenções mais adequadas, e assim esquecemos que o mais importante é não ceder à tentação de fazer grandes coisas a qualquer preço. Uma atividade que nos absorve a ponto de não termos tempo em nossos dias para fazer o que lemos sobre Jesus no Evangelho de Marcos: abraçar as crianças (Mc 9,36; 10,16), tocar a língua do surdo (Mc 7,33), colocando saliva nos olhos dos cegos (Mc 8,22); sinta compaixão (Mc 10,21), decepção (Mc 10,23), coragem (Mc 10,27). Obviamente, não somos sobre-humanos, temos limitações: não podemos fazer milagres, e quando fazemos, é só quando acreditamos de verdade (Mc 6,5); não sabemos o que nos espera; e às vezes gritamos de medo, sentindo-nos abandonados: “Meu Deus, meu Deus”.

E, no entanto, este é o Evangelho. E assim acontece que no momento em que concordamos em ungir os enfermos com óleo e eles são curados, nós mesmos, incrédulos, ficamos maravilhados. Como Cristo, também nós somos chamados a amar (Mc 9,36; 10,16; 10,21-22) e a sofrer não só fisicamente, mas também moralmente (Mc 14,32-42). Somos chamados a abrir-nos a todos, mesmo a pessoas que, humanamente falando, não o merecem: como pecadores e publicanos, leprosos (Mc 2,15), como aqueles que nos olham com desprezo, que nos exploram, que falam mal de nós, que nos perseguem. Como Jesus, somos chamados a ensinar (Mc 10,1) a verdadeira esperança, a verdadeira fé, o verdadeiro amor..., a serenidade.

Devo confessar que em Bangladesh aprendi a ler as páginas do Evangelho nos rostos das pessoas que encontrei nas clínicas, nos ônibus, nas ruas, nas longas filas de pacientes que me esperavam na aldeia. Muitos me fizeram perguntas, mas o que eu poderia ensinar? O que ele poderia dar além de remédios e algumas moedas?

enfermos

Descobri com dificuldade que para responder, para ensinar, tinha que me convencer de que o mais importante era continuar sentado nos degraus de uma cabana para ouvir com paciência e serenidade, sem pressa, aqueles que, me procurando, queriam uma cura milagrosa minha, a certeza de um filho que esperavam há anos, a certeza de que não haveria problemas para o bebê que ia nascer, uma solução para os muitos e infinitos problemas de uma vida que estava aposta na sobrevivência (... “hoje minha mãe não foi ao mercado”...).

Meus pacientes repetiram-me o que eu havia lido tantas vezes no Evangelho: faz que eu veja...; se você quiser, meu filho, minha filha vai ficar curada...; Se você me tocar eu vou me curar. Sim, também aconteceu comigo que alguém pegou minha mão para tocá-la. Nesses momentos você se sente pequeno, pequeno. Só assim comecei a entender o Evangelho, comecei a sentir o sabor de algo que você conhece porque o está vivendo.

E não importa que em tudo isso permaneçam dúvidas, dificuldades, as tentativas contínuas e nunca terminadas de uma vida que não está mascarada em muitas palavras bonitas, finalmente livre do fruto de paixões como o desejo, o medo, a insegurança, ganância, orgulho, vaidade. A missão é assim, o Evangelho foi e continua sendo incômodo, incômodo não tanto para aqueles a quem o anunciamos, mas para nós que somos seus anunciadores.

Creio que esta é também a essência do discurso que o Papa quis propor este ano para o Dia do Doente: "Quando a fé se reduz a exercícios verbais estéreis, sem se envolver na história e nas necessidades dos outros, então vem diminuir a coerência entre o credo professado e o que é realmente vivido”.

Assim, no caminho da vida, você descobre, para sua surpresa, que não foi você que curou os doentes, mas os doentes que o curou.

Dr. Gildo Coperchio, sx


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