Quaresma é tempo de deserto, de confrontos e de decisões. Guiados pelo Espírito de Deus, como Jesus, devemos viver num “deserto” durante quarenta dias, nos preparando para celebrar a vitória do Cristo sobre a morte. Caminhamos em direção à Páscoa do Cristo e nossa. Nossa fé em Cristo ressuscitado, vencedor da morte, nossa salvação. Por isso, não seremos confundidos ou vencidos.
O caminho que conduz à liberdade e à vida é difícil de ser percorrido. Assim como o povo de Israel no deserto fraquejou muitas vezes, também acontece conosco, quando decidimos caminhar pelas estradas e caminhos do Senhor, muitas vezes caímos.
Vencer tudo o que nos impede de ser testemunhas do Evangelho, eis o tempo propício e favorável. A disposição em lutar contra o mal, contra o pecado, contra grupos e sistemas adversos ao Reino, revela que apontamos para uma realidade maior: em Cristo, a vida venceu a morte. Somos também herdeiros de tal vitória.
Durante a Quaresma, mais do que em qualquer outra época do ano. Deus convida a mudar os rumos erráticos da nossa vida. O caminho que conduz à liberdade, porém, é difícil de ser percorrido. Os israelitas no deserto fraquejaram muitas vezes. Isto acontece também a nós cristãos, quando decidimos palmilhar os caminhos do Senhor.
Deus é misericórdia e capaz de comover até as entranhas para salvar. Esse jeito de Deus foi experimentado pelo povo de Israel, que, graças ao seu amor, conquistou, a terra e, de posse da mesma, pôde celebrar a páscoa e comer dos frutos tirados da nova terra. Participar da caminhada quaresmal nos faz participantes do amor cheio de compaixão do nosso Deus, que entrega o seu filho, e da vida do Cristo, que se entrega para a nossa salvação.