Skip to main content

Faça uma doação

Os Missionários Xaverianos não dispõem de nenhuma receita a não ser o nosso trabalho evangelizador e as doações dos amigos benfeitores. O nosso Fundador, São Guido Maria Conforti, quis que confiássemos na Providência de Deus que nunca deixa desamparados seus filhos. Invocamos sobre você e sua família, por intercessão de São Guido Maria Conforti, as bênçãos de Deus.
Atenciosamente,

Redação da Família Xaveriana


Deposite uma colaboração espontânea:

Soc. Educadora S. Francisco Xavier
CNPJ: 76.619.428/0001-89
Banco Itau: agência 0255, conta corrente:27299-9
Caixa Econômica ag. 0374, conta corrente: 2665–3

Artigos religiosos

Visite o site do nosso centro de produção
de artigos religiosos e missionários

CEPARMS


TercoMiss

TercoMiss

Artigos

Ética e Direito à água


“Louvado sejais, meu Senhor, pela irmã água, que é mui útil e humilde e preciosa e casta” (São Francisco de Assis) “O uso irracional da água, as ações que não olham ao redor e se perguntam se há ou não água suficiente para serem implementadas e quais consequências podem ter (...) são um dos sinais mais evidentes da falta de cautela e cuidado por todos os seres vivos” Esta grave expressão da antropóloga, professora e ativista ecofeminista espanhola Yayo Herrero levou – me a um email que recebi há poucos dias de um amigo missionário na Itália. No texto que meu amigo teve a gentileza de me enviar encontrei vários dados e elementos interessantes que, além de um diagnóstico da situação em que estamos vivendo em relação à agua e ao direito à água para todos, poderiam, do ponto de vista ético, gerar e reforçar propostas atuais e mais que urgentes em nível pessoal, político, educacional e cultural.

No nosso planeta, o 71% está coberto por água e apenas 2% é de água doce e metade dela é acessível. A outra metade está retida nas geleiras polares e no alto das cordilheiras. A quantidade de água hoje disponível é a mesma que havia no ano 1800, só que, obviamente, a população humana passou de um bilhão de pessoas para mais de 7,7 bilhões. O que assombra no diagnóstico é que mais de 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso seguro à água potável segura e 4,5 bilhões não dispõe de adequada rede de saneamento adequada.

Ninguém fabrica água: nenhum sistema econômico e nem a avançada tecnologia dos povos ‘produzem’ água: é a própria dinâmica da natureza que é responsável por regenerá-la. Aquilo que às vezes se define, de forma bastante equivocada, como ‘produção de água’ é simplesmente o fato de determinada nação tratar a água com elementos químicos para torná-la potável ou engarrafá-la, transportá-la e vende – la para o consumo humano.

As iniciativas de privatização e monopolização da água são constantes inclusive porque dominam as fontes, a distribuição, a purificação e o saneamento da água tornam – se cada vez mais um negócio muito lucrativo e seguro. É evidente que os povos, através de leis e de regras claras, precisam garantir soluções e escolhas de fraternidade, de democracia e de justiça em relação à água como um bem comum para todos. Afinal, esse precioso líquido é a única condição necessária para os seres humanos continuarem a viver, a enxergar, a pensar, a respirar e a pulsar: “somos água, são água o 83% de nosso cérebro, o 75% do coração, o 85% dos pulmões e o 95% dos olhos; e sendo assim, o nosso olhar, o pensamento, a respiração e os batimentos cardíacos dependem essencialmente da água’ (Yayo Herrero).

Em nível de conscientização pessoal, todos os seres humanos são convidados a tratar o direito à água com maior consciência e responsabilidade, tanto do ponto de vista das oportunidades como do ponto de vista dos limites; e a humanidade é convocada a planejar o próprio consumo levando a sério os próprios deveres em vista da construção de um futuro mais digno e mais humano para todos.

Em âmbito político, todos os governantes, todos os partidos e todas as instancias de poder são convidadas a colocar a vida e o respeito pela vida no centro dos próprios projetos e das próprias estratégias. As instituições que regulam a vida nacional dos países devem buscar o diálogo nas sociedades e a agregar consensos para pensarem não somente nas necessidades como também nos caminhos viáveis para satisfazê-las de maneira justa, ética e participativa.

Na esfera educacional, tanto os professores como os seus alunos são convidados a aprofundar o conhecimento, por exemplo, das rotas atmosféricas superficiais e subterrâneas das águas; assim como precisam conhecer as mudanças climáticas que estão alterando o ciclo da água: se os oceanos se aquecem e as geleiras se derretem, o nível dos mares sobe e, consequentemente, invade extensas áreas urbanas e rurais. Aquíferos subterrâneos e rios tendem a se contaminar com as toneladas de resíduos químicos despejadas em seu leito e nos solos agravando a ‘saúde’ já precária do nosso planeta o único capaz de ainda nos manter vivos.

No campo cultural percebe – se a exigência e a urgência da elaboração e da divulgação de propostas, sérias e concretas, para que os seres humanos aprendam a diminuir os gravíssimos processos de poluição, a garantir o acesso à água para todos e a planejar as cidades, lembrando o princípio da destinação universal dos bens da Terra e, consequentemente, o direito de todos os seres vivos ao seu uso.

Cuidar da água e defender o direito à água nos levam a defender a nós mesmos e a nossa existência; e nos dão a oportunidade da boa convivência humana, aprendendo a tratar a todos como irmãos

A poetisa chilena Gabriela Mistral, num trecho da poesia dela “Água”, expressou muito bem tudo isso quando escreveu: “... Eu quero voltar para as terras das minha infância. Leve – me a um país de águas suaves em que em grandes pastagens eu possa envelhecer (...) E onde eu possa ter um chafariz para minha mãe ...”

Gabriel Guarnieri sx


Artigos relacionados

Artigos

Refugiados no mundo ultrapassam marca histórica de 50 milhões, alerta ONU

Número é o maior desde a Segunda Guerra Mundial e pode aumentar com o surgimento de novos conflit...
Artigos

Japão: um futuro sem filhos?

O Japão pode se orgulhar da maior expectativa de vida no planeta – em média, os japoneses vivem p...
Artigos

Novo reitor no seminário de Londrina

O Pe. Michel da Rocha, 42 anos, é o novo reitor do Seminário Xaveriano de Londrina (PR). Ele nasc...
Artigos

A Páscoa de Jesus Cristo hoje

Celebramos a grande festa da nossa Igreja: a Páscoa de Jesus Cristo. Como acontece com as grandes...