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Teologia

A ressurreição é reafirmação da vida!


Celebrar a páscoa é reafirmar a vida! Nós cristãos cremos no Deus da Vida e vemos a morte como a passagem para a Vida Eterna, ela não é uma tragédia, porém a plenitude da vida. O próprio Jesus afirma: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que esteja morto viverá" (Jo 11, 25), palavras que nos dão a real certeza, de que a morte não é fim de tudo, que morrer não é um drama, nem um tabu, mas é viver junto com Deus.

No judaísmo morrer era dar o último suspiro, é entrar na morada dos mortos. Não existia o conceito da ressurreição, as pessoas tinham que usufruir bem da vida e dos bens desta terra, tudo dependia da teologia da retribuição (Dt 5, 33: Lv 18, 5; Ne 9, 29; Sl 112, 1-6). A morte era vista como fruto do pecado (Gn 3, 22). A primeira vez que aparece o tema da ressurreição é pelo ano 164 a.C. (Dn 12, 2-3; 2Mc 7, 9.11.23; 14, 46) e a vida dos justos vista nas mãos de Deus, que esperam a imortalidade (Sb 3, 1-9). Aos poucos a morte como fim de tudo se torna inaceitável.

A morte e a ressurreição de Lázaro (Jo 11, 32-45), aponta para a morte e a ressurreição de Jesus, porém este novamente vai morrer, enquanto Jesus ressuscita para vida definitiva. Na cultura judaica se acreditava que, até o terceiro dia após a morte, ainda havia esperanças de que o morto voltasse a vida. O episódio não deixa dúvidas, Lázaro está morto há quatro dias (Jo 11, 17.39).  O quarto dia selava definitivamente a morte de uma pessoa, iniciava-se a decomposição, e o espírito se afastava para sempre do corpo. Dizer, portanto, que Lázaro está morto há quatro dias significa que a morte tomou definitivamente conta dele, sem retorno, é irreversível. A ressurreição de Lazaro é sinal da primazia do Deus da Vida sobre a morte (Jo 11,25).

Os discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), vivem a perplexidade e desânimo diante da morte, porém o Ressuscitado se faz presente como força que dá ânimo e apresenta o rosto do Deus da Vida. Jesus Ressuscitado caminha com a humanidade, ele venceu a morte. A perplexidade e desânimo se manifestam no teor da conversa (Lc 24, 14). A desorientação dos discípulos não experimenta a vitória do Ressuscitado, eles continuam acreditando na morte como fim de tudo. Percebem os fatos, mas não os discernem, vivem a frustração diante da morte. Jesus está caminhando com eles, porém eles não o reconhecem. De fato, acreditavam que depois do terceiro dia o espírito se afastaria definitivamente do corpo, sem possibilidade de retorno. A morte teria tomado conta de todo o projeto de Jesus e da comunidade.  Jesus suscita a fé na ressurreição a partir da Sagrada Escritura (Lc 24,27). A seguir vem a súplica: "Permanece conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" (Lc 24, 29), é apelo da comunidade cristã. Jesus aceita o convite e de hóspede passa a ser dono da casa, o anfitrião, pois é ele quem partilha o pão, a seguir desaparece, porque os discípulos enfim creem na ressureição e no Deus da Vida.

O Apóstolo Paulo elabora uma teologia da ressurreição (1Cor 15,1-57). Alguns não acreditavam na possibilidade de uma vida além da morte; outros excluíam a ressurreição, mas admitiam a imortalidade da alma. A filosofia grega afirmava que só o espírito é que tem valor, o corpo era a prisão da alma. Jesus ter ressuscitado resgata a dignidade do corpo e das pessoas. Cristo venceu a morte para sempre, abrindo as portas para a vitória da vida sobre a morte. Portanto, os mortos ressuscitarão também como Cristo ressuscitou. A luta contra a morte é tarefa conjunta de Cristo e dos cristãos. Só quando estes participarem da vida plena em Deus é que Cristo dará por encerrada sua missão.  A morte não é um fatalismo, abre uma perspectiva nova, a da vida no Espírito de Jesus, que levará à plenitude. Logo, o sofrimento presente não é estéril, mas parto do mundo novo. Ser filho de Deus e possuir os primeiros frutos do Espírito é gerar e dar à luz constantemente o mundo transcendente.

A ressurreição de Jesus significa que a morte não é o lugar do aborto do projeto de Deus (Jo 20,1-9), não é um fracasso, mas caminho para a ressurreição e para a vida eterna; o túmulo não é o lugar da morte, mas o caminho para o encontro com o Deus da Vida. O cristão que crê na ressurreição a morte não interrompe a vida, mas a transforma. A ressurreição é afirmação da vida e rejeição de todo estado de morte. A ressurreição é supremacia da vida sobre a morte.

Rafael Lopez Villasenor, sx


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