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Teologia

A salvação se faz presente


Neste próximo final de semana, grande parte do Ocidente celebra o Natal. Possivelmente, este será mais um texto refletindo sobre a data, dentre tantos outros que também farão o mesmo. Afinal, as datas comemorativas, e principalmente o Natal, nos fazem pensar sobre o cotidiano e refletir sobre elas.

Falar do Natal, por sua vez, implica a lembrança da narrativa do nascimento de Jesus, ainda que qualquer pessoa que estude a Bíblia e a história de uma maneira mais aprofundada saiba que Jesus não nasceu no mês de dezembro. Mas, mais importante do que a data exata (algo que nunca sabermos), é a mensagem trazida pelos evangelistas que colocaram tal narrativa em seus escritos.

Em Mateus, vemos uma narrativa que foca em Jesus como sendo o cumprimento das promessas de Deus a Israel. Alguns elementos podem nos dar esses indícios, tais como o fato de ter iniciado seu texto com uma genealogia de Jesus, mostrando-o como aquele que descendia da linhagem de Davi e, portanto, o Messias esperado pelo povo; ou a presença dos magos que vieram do Oriente e entregaram seus presentes ao bebê nascido, simbolizando a promessa de que todos os povos se prostariam diante de Javé; ou ainda, ao fazer o contraponto entre Jesus, o novo Moisés, e o antigo, ao relatar que assim como o primeiro Moisés havia sido ameaçado de morte pelo rei quando era uma criança, tendo sido criado no Egito, lugar do qual sairá depois, libertando o povo de Israel, também Jesus precisa ir para o Egito fugindo de Herodes, para depois retornar para sua terra, trazendo a salvação ao povo. O paralelo entre Moisés e Jesus se mostra uma importante chave de leitura para compreensão do Evangelho de Mateus, algo que, aparentemente, o autor deixa claro desde a narrativa do nascimento.

Em Lucas, por sua vez, vemos uma narrativa diferente. Não se fala de sua genealogia, nem cita os magos que vieram do Oriente para entrega de presentes. Nada disso parece ser importante para o propósito lucano. Seu foco está tanto em falar do nascimento de João Batista, colocando este como precursor do Messias, como o Elias que haveria de “preparar ao Senhor um povo bem disposto” , conforme Lucas 1,17, como apresentar Jesus como aquele que é concebido pelo Espírito e, consequentemente, como mostrado em Atos, aquele que dispensa o Espírito para a formação da comunidade dos que creem. A revelação do nascimento, por sua vez, não se deu nos palácios. Lucas nem relata que Herodes ficou sabendo disso, mas tal anúncio é feito aos pastores que estavam no campo, que seguem a caminho de Belém, encontram o menino e voltam glorificando a Deus.

Lucas também faz questão de falar da circuncisão de Jesus, bem como do cumprimento da lei por parte dos pais, e ainda das personagens de Simeão e Ana, que dão testemunho a respeito da salvação que chega por meio desse menino que nasce.

Mesmo que os relatos sejam diferentes, uma vez que, claramente, foram escritos para comunidades diferentes, com questões e problemas diferentes, a tônica da salvação por meio desse menino que nasceu é comum. Seja apresentando Jesus como o novo Moisés, seja falando de Jesus como aquele concebido pelo Espírito de Deus, ambos querem mostrar que Deus não se esqueceu de sua promessa feita ao seu povo, mas em seu tempo, promoveu a salvação, que foi reconhecida somente por aquelas pessoas que estavam atentas aos sinais dos tempos, tais como os magos, os pastores, Simeão e a profetisa Ana. Em outras palavras, a salvação é anunciada aos estrangeiros, aos humildes, às mulheres, e reconhecida por meio do Espírito de Deus.

Mesmo com as diferenças narrativas, a mensagem permanece do Natal permanece: Deus não se esqueceu da sua criação, e por meio do seu Espírito nos faz perceber que sua salvação se faz presente por meio de Jesus.

Fabrício Veliq (DomTotal)


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