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Teologia

Festa do Corpo e Sangue de Cristo


Ao longo do século XII, desabrochou poderosamente a devoção ao Santíssimo Sacramento. Um grande desejo de contemplação apoderou-se das almas mais devotas, e em Paris, no ano 1200, iniciou-se a  elevação da hóstia, após a Consagração.

Em meio a essa sagrada efervescência, uma religiosa Juliana de Liège, beneficiada por múltiplas visões concernentes à Eucaristia, foi persuadida por seus conselheiros espirituais e impetrar ao bispo de Liège a introdução de uma festa especial em honra ao Santíssimo Sacramento. O bispo Roberto de Liège, anuindo às persistentes deprecações de Juliana, em 1246, introduziu a festa em sua diocese.

No ano 1264, o Papa  Urbano IV instou São Tomas de Aquino e São Boaventura a que compusessem uma seqüência especial para a Missa da festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. A  fim de estimulá-los, o Papa garantiu-lhes que ele mesmo optaria pela seqüência melhor. No dia aprazado, o Papa Urbano IV, reclinado em seu trono, convidou Santo Tomas de Aquino a iniciar a leitura de seu trabalho. Enquanto Santo Tomás, inflamado de zelo eucarístico  proclamava com entusiasmo crescente, fé profunda e amor acendrado a seqüência, São Boaventura, postado ao lado, e, mantendo entre os dedos a folha de sua redação, começou  a desfazê-la em pedacinhos. Quando Santo Tomás finalizou, São Boaventura conservava tão somente pedacinhos de papel na mão. Fora uma atitude de orgulho? Não! Pelo contrario! Tratava-se da verdadeira humildade de um santo! São Boaventura, assuntando o trabalho de Sto. Tomás, concluíra que a um ser humano, inteligente e livre, seria impossível produzir um hino eucarístico teológico mais profundo e mais sublime do que aquele, por isso, nem sequer julgou que sua composição ainda merece ser ouvida. Até nossos dias, a seqüência elaborada por Sto. Tomás de Aquino, continua facultativa na Missa da Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.

O Papa Urbano IV, em 1264, através da Bula “Transiturus” homologou e estendeu a Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo à Igreja universal. A  Missa fora composto por Sto. Tomás de Aquino. Infelizmente, o Papa Urbano IV  veio a falecer naquele mesmo ano, e, destarte, o Papa  Clemente V (1311-1312) novamente instituiu na introdução da festa, que realmente se concretizou no pontificado posterior do Papa João XXII.

Houve quem se manifestasse contra a introdução da Festa de Cristo, alegando a Festa da Instituição da Eucaristia já existente, na Quinta-feira Santa. A Igreja, no entanto considera a celebração na Ceia do Senhor o início do solene Tríduo Pascal, e, por conseguinte, consoante com uma lógica natural, não haveria espaço suficiente para grandes demonstrações de júbilo que a Eucaristia tanto merece. Uma celebração mais solene e pública era realmente aconselhável e, por ser, dúvida, sumamente almejada pelo  próprio Cristo.

Na liturgia da Missa da Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Sto. Tomás de Aquino compendiou toda a teologia eucarística, a saber, o memorial da Paixão de Cristo que foi verdadeiro sacrifício; o  sacramento da unidade nossa com Cristo e dos homens entre si, e o gozo eterno da divindade já antegostada e prelibada na terra pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo.

Na bula “Transiturus” do papa Urbano IV, não consta qualquer referência  e uma procissão. Essa é atestada, pela primeira vez, em Colônia-Alemanha, entre os anos 1274-1279. ainda no século XIV, a procissão encontrou calorosa acolhida e decoração pomposa, na maioria dos países. Levava-se o Santíssimo em precioso ostensório recoberto por um véu. Os elementos das procissões campestres e rogacionais contribuíram para abrilhantar a procissão. Na Alemanha, aprestavam-se 4 altares fora da igreja, e, junto a cada altar, denominado estação, proclamava-se o  início dos 4 Evangelhos, voltando-se respectivamente para um dos 4 pontos cardinais, e, encerrando com  a solene bênção do Santíssimo.

A Procissão do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo por incluída por Roma no rol dos exercícios  de piedade e sua celebração ficou reservada ao critério de cada bispo, em sua diocese.

Após o Concílio Vaticano II, a Igreja, como Povo de Deus em marcha, tornou a reafirmar a validade da  Procissão, pois, a vitória será nossa se soubermos  superar os perigos, que nos  espreitam, com a salvadora presença do Senhor.

A Procissão do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada de forma correta, no autêntico espírito litúrgico, poderia, com toda certeza, transformar-se muito mais do que qualquer outra procissão, num instrumento eficaz para levar os homens de nosso tempo-demasiadamente engolfados na luta pela sobrevivência – a sentir, através do símbolo  real, que não se encontram tão sozinhos, na caminhada terrestre, semeada de perigos inumeráveis, mas avançam, sustentados pelo Senhor Eucarístico dentro deles, diante deles e atrás deles, na comunhão da Igreja, a caminho, com o Cristo, da Parusia, que retornará para ser glorificado na pessoa de seus santos, e, contemplado por todos quantos nele creram ou nele tiverem acreditado.

Pe. Otto Seldel scj – Paróquia Bom Jesus da Penha – RJ.


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