Em 25 de junho de 1957, em Cleveland, Ohio, EUA, a Igreja Evangélica e Reformada se comprometeu com a "liberdade de consciência inerente ao evangelho" e as Igrejas Cristãs Congregacionais - uma comunhão bíblica mutuamente pactuada para uma liberdade responsável em Cristo - foram unificadas sob a denominação da Igreja Unida de Cristo (CUC).
Desde o início, o CUC procurou unir aqueles que desejam aceitar a alegria e o preço do discipulado, enfatizando a justiça social e a extraordinária acolhida de Deus para todos. O lema da CUC, retirado de Jo 17,21 "para que todos sejam uma só coisa" mostra que o desejo desta igreja é buscar um terreno comum entre os cristãos.
Embora as igrejas conjuntas estejam unidas por uma aliança, o CUC não tem um único credo e governo, não há uma autoridade designada que possa decidir o que uma determinada igreja deve fazer ou acreditar: cada uma decide por si mesma como funcionará.
Os membros de cada igreja particular vivem numa aliança em que cada um se preocupa e se ajuda: as diferentes igrejas do CUC pertencem a uma associação de igrejas que se apoiam mutuamente em matéria de fé. A CUC apresenta-se como um modelo inclusivo de unidade cristã. Como não há nenhuma doutrina a que se deva aderir para pertencer a ela, a pessoa encontrará nela uma ampla gama de crenças.
Como pastora da CUC em Massachusetts, muitas vezes me perguntam como essa diversidade de crenças pode funcionar sem uma denominação religiosa específica. Em minha igreja, acho que essa unidade é mais bem alcançada quando há respeito mútuo pelas diferenças de perspectiva. Estamos unidos pelo amor de Jesus, mas cada pessoa é livre para interpretar esta fé antiga e tem a responsabilidade de tornar esta fé relevante para a vida no mundo de hoje.
Isso não quer dizer que nunca haja divergências, mas nos esforçamos para encontrar um consenso em meio às divergências, a fim de permanecermos fiéis à nossa aliança mútua com Deus e uns com os outros.
A Igreja Unida de Cristo é uma denominação relativamente jovem. Suas raízes são ecumênicas. Nossos membros vêm de muitas tradições religiosas e geralmente são atraídos pela teologia aberta e pela natureza acolhedora de nossas igrejas. Para nós, a unidade dos cristãos não significa que todos devamos pensar da mesma forma: pelo contrário, devemos viver o mandamento de Jesus: amar o próximo como a nós mesmos e reconhecer e testemunhar a todos que somos filhos de Deus muito amados.
Bonni Steinroeder
