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Artigos religiosos

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Teologia

Apocalipse: comunidade cristã em tempos de perseguição


1.Contexto do Apocalipse

Para entender a mensagem do Apocalipse, é fundamental conhecer a linguagem utilizada no livro. O texto é um tipo de literatura surgida inicialmente no Antigo Testamento, em épocas de tribulações, provações, sofrimentos e tristezas.

Apocalipse não é o único livro da bíblia que se utiliza deste estilo. O livro de Daniel é considerado literatura apocalíptica. O mesmo se pode afirmar para trechos dos livros de Isaias (13 a 14), Ezequiel (1 e 28 a 39), e ainda, Joel (2 a 3) e Zacarias (9 a 14). No período a partir do ano 210 a. C. e até cerca de 200 d. C. vamos encontrar a maior produção de textos apocalípticos, a maioria textos fora do cânon da Bíblia. O Apocalipse de João possivelmente foi escrito na época do imperador Domiciano que governou o império romano entre 81 e 96 d.C.

O Apocalipse foi escrito em um período de grande crise e perseguição contra a igreja primitiva para os crentes perseguidos, serem dizimados pela “besta apocalíptica”, que almejava destruir o Cristianismo. O Apocalipse de João vai nos revelar que o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo, nos dará a vitória em Cristo Jesus. É este Cordeiro, é que é o Alfa e o Omega, é Aquele que é, que era e que há de vir, é Ele que “... nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados”. É Ele que nos fará mais que vencedores em nossa jornada terrena. Este Cordeiro é Jesus de Nazareth.

O Imperador Domiciano (81 a 96 d.C.) governou o império romano de forma despótica. Ele se considerava um deus, espalhava imagens suas pelo império, punindo com martírio, exílio, torturas, confisco e a morte quem não as adorasse. Estabeleceu sistema de delatores, que agiam como verdadeiros flagelos. Os cristãos da época acabavam recebendo todo o impacto dessa política, uma vez que o império estava sendo banhado com o seu sangue.

O Apóstolo João, autor do livro de Apocalipse, encontrava-se exilado na ilha de Patmos, como resultado das perseguições em curso. Lá, ele teve a oportunidade de refletir sobre o significado do conflito que havia surgido entre o Estado Romano e a Igreja Cristã. Levou em conta o conflito no seu sentido histórico e cósmico e, meditando sobre as vastas implicações.

O texto de Apocalipse 1,11 indica que o livro foi dirigido às "sete igrejas que estão na Ásia". Porém os receptores desta mensagem não estavam limitados a essas igrejas. O uso do número "sete", que simboliza "inteireza" ou "perfeição", indica que o livro era para todas as igrejas da Ásia Menor.

As condições dos cristãos que primeiro receberam o Apocalipse eram bastantes críticas. Por várias décadas o Cristianismo passara meio despercebido do império romano. O Judaísmo era considerado uma religião legal e Roma via o Cristianismo como uma parte do Judaísmo. Aos poucos Roma notou que Cristianismo e Judaísmo eram distintos. O Cristianismo era considerado uma religião ilegal porque, ao contrário das demais religiões consideradas legais, buscava conquistar seguidores e prosélitos, fato este que não era tolerado por Roma. Aspirava tornar-se universal e o Reino de Deus era o seu ideal principal.

O Cristianismo era uma religião exclusivista, por que os crentes se recusavam de participar da vida social e dos costumes pagãos. Não frequentar os cultos pagãos e não ter deuses romanos em casa fez com que o povo em geral visse os cristãos como inimigos de seus deuses. Este clima de animosidade levava o povo em geral a acreditar em tudo que se falava de mal dos cristãos.

Os cristãos eram acusados de todo o tipo de iniquidades. O povo achava que tinham cultos e orgias secretas à noite, que bebiam sangue e comiam carne humana. Os cristãos negavam-se a ir à guerra uma vez que todo soldado romano tinha que assumir compromisso com cultos aos ídolos do Estado, o que incluía uso de adornos idolátricas. Entendiam que Cristo havia ensinado a largar a espada e usar meios pacíficos. Isso contribuía para que o povo em geral os odiasse e os achasse traidores do império.

Os cristãos se negavam a cultuar o Imperador. Tinham que afirmar que o deus-Cesar era superior ao Deus Cristo, o que se negavam a fazer. O veredicto do governo de Roma era que aquele grupo traidor e rebelde deveria ser exterminado.

  1. As cartas para as sete comunidades

As cartas às sete igrejas (Ap 2-3) eram igrejas que viviam a perseguição do império. Portanto a mensagem às sete igrejas da Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardo, Filadélfia e Laodicéia, igrejas históricas, reais e conhecidas, transcendem a essas comunidades.

Todas as sete cartas vão apresentar elementos comuns: Cada carta é endereçada ao "anjo" da igreja (seu pastor); Há a identificação do remetente (Cristo). Este remetente revela possuir profundo conhecimento de cada igreja, louva a igreja naquilo que ela tem de bom e demonstra seu desagrado pelo que ela tem de negativo; Há uma parte final de aconselhamento e a promessa para os que permanecerem firmes e fiéis.

A carta a Éfeso (Ap 2,1-7) mostra que era uma grande e rica cidade, com várias camadas sociais, ricos, pobres, letrados e analfabetos; era culta, abastada e corrompida. O ponto positivo era a fidelidade no trabalho cristão e na doutrina. O ponto fraco na igreja mostra que apesar de atuante e firme na doutrina, estava deixando de lado o verdadeiro motivo ou espírito do serviço Cristão: o amor.  A recomendação pode ser resumida em três verbos: lembrar, arrepender-se e voltar.

A Carta a Esmirna (Ap 2,8-11) apresenta a história de perseguições. Seu pastor, Policarpo, foi martirizado e os cristãos haviam perdido todos os bens materiais, confiscados por Roma. Cristo conhecia a tribulação deles e sua pobreza. O Senhor não promete tirá-los das dificuldades e apertos. Naquelas circunstâncias, tais provações seriam a forma de enrijecer-lhes o caráter.

A Carta a Pérgamo (Ap 2,12-17) é elogiada pela fidelidade em meio às provações. Aquela cidade abrigava o centro de culto ao imperador e muitos cristãos de Pérgamo foram martirizados em praça pública. Dentro da igreja havia quem esposava doutrinas heréticas que incluíam adoração de imagens em troca de benefícios materiais. Alguns dos cristãos pensavam que valia à pena aderir ao culto ao imperador para escapar às perseguições.

A Carta a Tiatira (Ap 2, 18-29) elogia pelo amor e progresso em suas obras. Trata-se de uma igreja sem graves problemas. Aos vitoriosos, o Senhor promete não sobrecarregá-los mais do que as obrigações que eles já têm. Ele promete ao vencedor, a "Estrela da Manhã", sua direção e liderança na hora escura das tribulações, perplexidades e provações.

A Carta a Sardo (Ap 3,1-6) Há mais pontos negativos que positivos na comunidade. Aconselha-se à igreja a ser vigilante e a "confirmar as coisas que restam que estavam para morrer". O aviso à vigilância, uma vez que a cidade estava edificada em uma elevação, era fortificada e três de seus lados desembocavam em aclives como precipícios. Havia poucos que mereciam algum elogio por terem permanecido fiéis ao Senhor.

A Carta a Filadélfia (Ap 3,7-13) Existem muitas referências positivas, não recebe críticas. Filadélfia era conhecida como "missionária", pelo ter sido fundada para fomentar a civilização greco-asiática e o idioma e os costumes gregos na regiões orientais da Lídia e da Frigia. A cidade de Filadélfia ficava em uma região sujeita a terremotos. Apesar dos terremotos das perseguições, os cristãos seriam colunas inabaláveis de um templo indestrutível.

A Carta a Laodicéia (Ap 3,4-22) A cidade era uma cidade próspera. Por ela passavam três estradas romanas. Ela era o principal centro de comércio e finanças da região. O progresso levava os habitantes a serem arrogantes, orgulhosos e independentes. Laodicéia é a única sobre a qual nada se diz de positivo. Aquela igreja tinha tudo menos Cristo.

  1. Os sete selos

O Trono de Deus, os 24 anciãos e os 4 Seres Viventes  (Ap 4,1-10). Os números quase nunca têm significado numérico ou aritmético. A numerologia judaica, presente em diversos outros escritos, revela que o número um simbolizava a própria unidade (um objeto). O número dois estava relacionado ao conceito de fortaleza, confirmação ou coragem, duas testemunhas. O três vinculava-se ao divino: pai, mãe, filho; enquanto que o quatro simbolizava o mundo físico, quatro pontos cardeais. O número cinco são os dedos da mão, sendo por isso, associado à perfeição humana.

O dobro de cinco, que é dez constituem os mandamentos de Deus. O sete resultado da soma do quatro: mundo físico e três: divino, simboliza a perfeição e o seis: está associado à falha ou à queda. Há também outros números que são combinações, como é o caso do 666, o número da besta ou o quarenta, que quer dizer provação humana: quarenta anos do povo de Israel no deserto, quarenta anos de exílio de Moisés, ou o setenta, super sagrado ou ainda 3 x 4 = 12, que significa a religião organizada: doze tribos de Israel, doze discípulos.

João recebe a grande primeira visão. "Ao redor do trono há também 24 tronos e assentados sobre esses tronos estão 24 anciãos... em cujas cabeças estão coroas de ouro". Representam os doze patriarcas e os doze apóstolos. A visão fala de quatro seres viventes no meio e à volta do trono. Cada um deles é semelhante, respectivamente, a um leão, a um novilho, a um homem e a uma águia voando. Cada um desses seres têm seis asas. Estes estão sempre no trono de Deus onde reside toda a fonte de vida

Visão dos selos (Ap 5, 6 e 7). No capitulo seis aprece O cordeiro. O Leão representa absoluto poder e bravura, se transforma em Cordeiro, símbolo de absoluta bondade. O Cordeiro é Jesus de Nazareth, o Ungido, o Messias de Deus. O Cordeiro tem sete chifres: pontas ou chifres representam poder; Sete representa a perfeição. Tem sete olhos representando os sete Espíritos de Deus.

O Cordeiro Abre os Primeiros Quatro Selos (Ap 6,1-8) Os quatro cavaleiros que aparecem por ocasião da abertura dos quatro selos representam Conquista, Guerra, Fome e Morte. Estas têm sido as maldições da humanidade desde seus primórdios e que continuam a se repetir. Alguém com a ambição de conquistar o mundo usa a guerra, que traz fome, que traz morte.

Conquista: O primeiro cavaleiro cavalga um cavalo branco, empunha um arco e se chama "Conquista". Ele representa todo indivíduo que se empenha em conquistar o mundo pela força. Poderia representar Domiciano, Hitler ou outro conquistador ainda por surgir.

Guerra: O segundo cavaleiro, que se chama "Guerra", utiliza um cavalo vermelho. Foi lhe dado "tirar a paz da terra, para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dado uma grande espada". Inevitavelmente, a guerra é o resultado da ação de conquista.

Fome: O terceiro cavaleiro é a "Fome". Ele cavalga um animal preto e na mão, segura uma balança. Uma voz fala em trigo, cevada, azeite e vinho. O simbolismo da balança sugere a escassez de alimento, que tem que ser racionado.

Morte: O nome do quarto cavaleiro, é "Morte". Ele cavalga um animal amarelo. Segue-o o Hades. O sentido é "morte que segue a morte". Assim, esse quarto cavaleiro completa a obra dos seus três precedentes.

O Quinto Selo: Os Mártires (Ap 6,9-11) Quando o Cordeiro abre o quinto selo, o simbolismo se modifica. Vemos a razão do julgamento. Debaixo do altar, João vê "as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho que deram". A cada mártir é dado um vestido branco, símbolo de vitória e pureza, e se lhes diz que tenham paciência. O tempo ainda não está maduro para a retribuição de Deus. No fim, entretanto, o juízo e a vitória de Deus chegarão.

O Sexto Selo: O Terremoto, o Fim dos Séculos (Ap 6,12-17) Quando o sexto selo é aberto, João vê uma série de cataclismos. A interpretação desta parte do drama simboliza o poder de Deus contra aqueles que rejeitam a Ele e ao seu plano de salvação.

Os Remidos são Protegidos e Salvos (Ap 7,1-17) João vê quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra. Eles estão retendo os quatro ventos que simbolizam a destruição divina. Um quinto anjo surge para colocar o selo de Deus na fronte do seu povo. O número dos selados é de 144.000 "...assinalados de todas as tribos dos filhos de Israel", sendo 12.000 de cada uma das 12 tribos. A interpretação adotada neste estudo é que esses 144.000 representam não só os cristãos judeus mas todo o corpo de crentes. O número 12, que significa religião organizada é multiplicado por ele mesmo e depois por 1.000, significando plenitude. Nenhum cristão será perdido ou esquecido no processo divino de redenção.

Depois da visão onde os santos na terra são marcados com o selo da proteção divina, João vislumbra uma visão de maior alegria e encorajamento. Há uma grande multidão que "homem algum podia contar". Era "gente de todas as nações, tribos, povos e línguas". Trajavam vestidos brancos e estavam diante do Cordeiro. Este grupo não está marcado com o selo de proteção porque já não precisam mais dele. Estavam já fora do mundo e na presença de Deus. Tinham saído vitoriosos das provações. Mostravam-se contentes e jubilosos o que é simbolizado pelos ramos de palmeira, talvez uma alusão à Festa dos Tabernáculos, festa de alegria e de libertação.

  1. Enfrentamento do bem e do mal

A Mulher e o Filho (Ap. 12,1-2, 5,6 e 14-17) Há controvérsias sobre de quem se trata exatamente esta mulher. Há quem entenda ser ela a Igreja, a comunidade messiânica da qual Cristo nasceu e não a igreja como entidade organizada. Uma outra linha de raciocínio afirma que a mulher pode simbolizar Israel, que na pessoa de Maria, deu à luz a Cristo. Quanto à descendência da mulher, é fácil identificar que o filho varão é Cristo e que o "resto de sua semente", são os cristãos.

As Forças do Mal em Guerra (Ap. 12,3.4;7-17) As forças do mal são chefiadas por um dragão. Seus aliados são a primeira besta, que simboliza o imperador de Roma, Domiciano, e a segunda besta, que simboliza a comissão ou junta criada por Domiciano, para exigir de todos o culto ao imperador. As forças do Bem são comandadas por Deus, que também conta com dois aliados: o Cordeiro, que simboliza o Cristo Redentor e a foice, que simboliza o juízo eterno. A batalha será terrível e furiosa, mas a vitória penderá para o lado de Deus.

O dragão tem sete cabeças, significando grande sabedoria, dez chifres, simbolizando grande poder que traz na cabeça sete diademas, iguais aos usados pela realeza, que querem dizer grande autoridade. É tão grande, que sua cauda, com um movimento, pode derrubar as estrelas do céu. Este dragão terrível põe-se diante da mulher em dores de parto para devorar a criança logo que nasça. Assim que a criança vem à luz, a leva para lugar seguro, protegendo-a do dragão. A mulher, porém, foge e o dragão não consegue destruí-la.

O Significado da Primeira Besta (Ap. 13:1-10). Os habitantes do império, exceto os cristãos, adoram a besta e o dragão que lhes conferiu poder. Ele tem autoridade para governar por um tempo e diz blasfêmias contra Deus. A besta foi Domiciano. Ele espalhou pelo império imagens dele próprio para que o adorassem. Os que o cultuavam recebiam na mão ou na testa um sinal, prática comum de algumas religiões pagãs, cujo objetivo era tornar identificável a qual deus uma determinada pessoa era adepta. O sinal era o nome do imperador. O Apocalipse lhe dá número simbólico "666".

O Significado da Segunda Besta (Ap. 13,11-17) Temos quatro elementos que nos ajudam a identificar quem é esta segunda besta: Dois chifres como os de cordeiro: indicam aparência religiosa por fora, pois que o cordeiro era um símbolo religioso. O fato de ter somente dois chifres pode identificar um poderio limitado. O Cordeiro de Deus é descrito como tendo sete chifres. A voz do dragão indica que ela fala com a autoridade de Satã.

A missão da segunda besta é fazer cumprir o culto à primeira besta. Isso nos leva a identificá-la com chamada "Concílio Romano", que era um corpo de oficiais, sediada na Ásia Menor, que tinha como missão obrigar a que todos cumprissem a religião do Estado Romano. Fazia imagens de Domiciano, erguia altares e legislava de modo a fazer com que a religião do Estado fosse adotada por todos. Os que recusavam a segui-la, eram perseguidos, não podendo comprar nem vender, casar, deixar herança, ou transferir propriedades.

Lincoln A. A. Oliveira.


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